O restante da nota, fraca de conteúdo, consegue a proeza
de dizer o óbvio de que “permanece o vice-prefeito eleito”. Apesar da alta
capacidade textual, a nota não responde a algumas questões levantadas pelo
delegado Israel, como o isolamento do mesmo como revela no trecho:
“Soube por muitas
pessoas de reuniões secretas para escolha do Secretariado, sem que se eu sequer
fosse convocado. Posso até citar uma, em especial, em um restaurante na zona
rural, onde foram citados vários nomes de possíveis Secretários”, disse Israel lembrando que o prefeito passou 10 dias incomunicável.
Em outro trecho, Israel critica a falta de estratégia
política do governo e a determinação de demitir sem dó, fato não contestado por
Wellington em sua nota.
“...Essa
minha convicção foi sendo cada vez mais fortalecida ao observar os erros e a
ausência de estratégia política do governo, na condução da participação das
lideranças e das forças políticas que contribuíram para a vitória. As demissões
de pessoas que participaram ativamente da nossa campanha, sendo justificadas
com um “eu não sabia”.
Ele também fala da tentativa de ingerência na Secretaria
de Serviços Públicos que também não foi rebatida e nem negada pelo prefeito Wellington:
“O
Prefeito, notadamente, V. Exª, passou a usar pessoas para interferir de forma
indireta na Secretaria de Serviços Públicos, as quais muitas vezes são
invasivas, e sob o manto de “ordem do Prefeito” tomavam decisões sem que eu
manifestasse minha concordância e meu consentimento”.
A frívola nota de Wellington também não contesta as
críticas do delegado Israel de que não era convidado para os eventos e para as
decisões importantes do Governo,
“Em relação aos eventos, fiquei sabendo
de uma série deles através de suas redes socias, sem que pudesse ser convidado,
posso citar exatamente a realização de uma limpeza às margens do Riacho do Mel,
do dia das crianças, visita de políticos de destaque em Pernambuco. Nunca fui
chamado para participar de decisões importantes do Governo...”
A convicção expressada por Israel Rubis de que queriam
ele apenas para vencer a eleição e colocá-lo como peça de enfeite também não
foi rebatida pela assessoria do prefeito Wellington Maciel.
Queriam-me
para servir como enfeite de palanque. Para vencer, e depois me esconder,
“colocar-me no meu lugar”.
Confira a nota de Wellington:
Nota
de Esclarecimento
Recebi
neste dia 09/11, ofício do vice-prefeito Israel Rubis, elencando as suas razões
para não continuar exercendo o cargo de secretário municipal de Serviços
Públicos e Meio Ambiente do nosso município.
Mesmo
não concordando com os motivos expostos, as recepciono e respeito a decisão de
caráter pessoal. Sai o secretário e permanece o vice-prefeito comigo eleito
para o mandato, que vai até 2024, e que certamente cumprirá as atribuições
inerentes ao seu cargo.
Agradeço
o trabalho desenvolvido à frente da secretaria e conto com o seu empenho e
comprometimento, visando o desenvolvimento de melhores dias para o povo de
Arcoverde.
Wellington
Maciel
Prefeito
de Arcoverde
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