domingo, 10 de outubro de 2021

Prefeito de Arcoverde pode inviabilizar vinda do COPE em briga com Câmara de Vereadores

                  Uma polêmica que pode colocar em xeque a permanência da Agência do Trabalho em Arcoverde repercutiu na mídia estadual. Oblog Falape, um dos mais importantes do estado na mídia política, revelou que o prefeito de Arcoverde tomou uma atitude que pode prejudicar a cidade e o povo de Arcoverde. Veja a matéria na íntegra:

 Com estruturas de sobra, a exemplo dos galpões do antigo DNOCS onde funciona a Secretaria de Saúde e o prédio do SASSEPE, antigo IPSEP, que hoje só utiliza uma sala de toda a sua estrutura, o prefeito de Arcoverde, Wellington da LW (MDB), pode inviabilizar a vinda do COPE - Central de Oportunidade de Pernambuco por causa de “picunhias” políticas com a presidência da Câmara de Vereadores. O motivo é que o prefeito quer de volta o prédio da prefeitura velha que a própria prefeitura doou a Câmara há mais de dois anos. 

O imbróglio está no fato de que ao assinar o compromisso de garantir o espaço para a instalação do COPE durante a última visita do governador Paulo Câmara (PSB) à Arcoverde, bastante criticado pelo seu filho e administrador do grupo LW (Vinicius Maciel), o prefeito sugeriu que a implantação fosse feita no prédio prefeitura velha, que pertence a Câmara de Vereadores há mais de dois anos. Ou seja, o prefeito ofereceu como garantia o que não tinha. 

Não bastasse o erro político da oferta do que não tem, o prefeito, com base em sua assessoria jurídica e política, manda projeto de lei para que a doação feita seja cancelada. Ou seja, comete dois absurdos: o primeiro de pedir de volta o que a prefeitura deu por considerar desnecessário e não ter condições de restaurar dentro dos padrões históricos que o prédio necessita. À época a então prefeita Madalena Britto disse que a Agência do Trabalho, instalada no local, seria transferida para outro endereço, como foi quando o prédio foi incendiado. Atualmente o prédio está sob várias ameaças como demonstra as fotos da área externa. 

O segundo, é que a Câmara ao longo desses dois anos já teve gastos com projetos, já aprovados pelo TCE, e só não executou a obra devido a pandemia que impedia obras que não fossem emergenciais. Mas, o local continua como de propriedade da Câmara que tem no seu projeto a restauração de um dos poucos prédios públicos municipais sobreviventes de sua história. O erro é o governo do Estado, que ocupa um espaço que há mais de dois anos foi repassado para outro ente e da própria municipalidade que não resolveu sua nova localização. 

Ao adotar a política do enfrentamento e de questionar as próprias decisões do poder executivo por despeitas políticas com o presidente da Câmara de Vereadores, o prefeito de Arcoverde coloca em xeque a vinda do COPE e, de tabela, a própria existência da Agencia do Trabalho, já que cabe a prefeitura, segundo convênio celebrado em 2006, no governo do ex-prefeito Zeca Cavalcanti, garantir um espaço adequado para o funcionamento da mesma. 

Ao tentar lançar a responsabilidade para a Câmara de Vereadores, o prefeito demonstra um novo estilo que prega em adversários, de arrogância, e coloca em xeque as próprias decisões do Poder Executivo que doou o prédio na época da ex-prefeita Madalena Britto colocando, à época, o prédio do antigo IPSEP como novo espaço para a agência. Se Arcoverde amanhã perder o COPE ou a Agência do Trabalho, com certeza será por falta de ação do Governo Municipal. Transferir a responsabilidade não isenta da culpa.

Enquanto os poderes brigam, a população é quem paga a conta da ineficiência administrativa e política do governo. 

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