A
definição ocorreu após uma assembleia de motoristas organizada por três
entidades representativas no Rio de Janeiro, incluindo participantes que
lideraram a greve de 2018.
A
interlocução com o governo será feira por meio da Frente Parlamentar do
Caminhoneiro Autônomo e Celetista, presidida pelo deputado federal Nereu
Crispim (PSL-RS).
"Nós,
caminhoneiros autônomos do Brasil, estamos em estado de greve", afirmou
Crispim em vídeo que já circula em grupos de motoristas. "Significa dizer
ao governo Bolsonaro que o prazo de três anos que ele teve para desenvolver,
desencadear, melhorar a vida do transportador autônomo não foi cumprido."
A
categoria pede que o governo atenda suas reivindicações, que incluem melhores
condições de trabalho, em 15 dias para não iniciar uma paralisação.
Crispim
protocolou um requerimento para abertura de CPI (Comissão Parlamentar de
Inquérito) para investigar a alta dos preços dos combustíveis pela Petrobras. O
pedido foi feito no dia em que a estatal aumentou em 8,9% o preço do diesel, em
setembro. Em 2021, a empresa já elevou a gasolina em 51%. Diesel e gás de
cozinha subiram 38% no ano.
Desde
setembro, a CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e
Logística (CNTTL), o CNTRC (Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de
Cargas) e a Abrava (Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores) promoveram encontros nacionais para definir uma pauta única dos motoristas.
O
setor, junto a deputados da frente parlamentar, se descola da imagem de
caminhoneiros que pararam estradas em defesa do presidente Jair Bolsonaro (sem
partido) e contrárias ao STF (Supremo Tribunal Federal) nos atos de raiz
golpista de 7 de setembro.
Wallace
Landim, o Chorão, um dos líderes da greve de 2018 e que hoje está à frente da
Abrava, afirmou nesta semana à coluna Painel que situação atual é pior que a do
ano da paralisação nacional.
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