"Ou
o chefe desse Poder enquadra o seu ou esse Poder pode sofrer aquilo que nós não
queremos", disse Bolsonaro em recado ao presidente do Supremo, ministro
Luiz Fux, em referência às recentes decisões do ministro Alexandre de Moraes
contra bolsonaristas. "Nós todos aqui na Praça dos Três Poderes juramos
respeitar a nossa Constituição. Quem age fora dela se enquadra ou pede para
sair."
O
ato em Brasília é marcado por pautas autoritárias e golpistas e representam uma
minoria no país. Pesquisa Datafolha de junho mostrou que 75% dos brasileiros
consideram o regime democrático o mais adequado, enquanto 10% afirmam que a
ditadura é aceitável em algumas ocasiões.
Uma
longa mensagem amarrada em caminhões de manifestantes que furaram o bloqueio da
polícia na madrugada diz que o grupos deixa Brasília quando a seguinte pauta
for atendida: "Destituição de todos os ministros do STF".
No
acampamento em frente ao Ministério da Agricultura há carta pedindo impeachment
dos ministros do STF e voto impresso. "Pedimos que vocês, ministros,
saiam, porque estamos no nosso direito. Zé Trovão nos representa", afirma
placa de uma manifestante, que cita caminhoneiro foragido justamente por
ataques às instituições.
Os
manifestantes também gritam que "o povo é o Supremo" e dizem que
"o povo chegou" em frente ao Itamaraty. Ali há barreira de policiais
que impedem a ida dos apoiadores de Bolsonaro até o STF. Outros manifestantes e
caminhões pressionaram para romper o bloqueio da PM e invadir a pista que leva
ao Congresso e ao STF.
Bolsonaro
chegou a este Sete de Setembro com um repertório de discursos golpistas
acumulado nas últimas semanas e a expectativa de reunir multidões na Esplanada
dos Ministérios, em Brasília, e na avenida Paulista, em São Paulo. Ele deve
discursar à tarde a seus apoiadores em São Paulo.
Em
Brasília, manifestantes, aos milhares, tomaram menos de um quarto do canteiro
central da Esplanada. Imagens aéreas mostraram clarões do gramado central e nas
duas pistas no espaço próximo ao Congresso Nacional.
Além
do tamanho do público, as expectativas se concentram no teor do discurso do
presidente, que anunciou o levante do 7 de Setembro como algo histórico e
dissimulou as pretensões de ruptura da ordem institucional e democrática que
estão na raiz da mobilização, com pautas autoritárias e de raiz golpista.
A
crise institucional que leva aos atos desta terça-feira (7) nasceu com as
ameaças de Bolsonaro contra a realização das eleições de 2022, caso o voto
impresso não fosse implementado, o que já foi descartado pelo Congresso.
Só
nos últimos dias, para chamar apoiadores aos atos, Bolsonaro falou em emparedar
ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e jogar fora das quatro linhas da
Constituição para eventual ruptura institucional. O objetivo é intimidar tanto
o STF como o Congresso com seus desejos golpistas.
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