terça-feira, 17 de agosto de 2021

Encontro de André com Lula sob aval de Kassab sinaliza PSD, PSB e PT afinados

                          Não foi sem o aval do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, que o deputado federal André de Paula foi à mesa, ontem, numa conversa amena, com o ex-presidente Lula. O encontro do dirigente estadual do PSD com o líder-mor do PT é simbólico. Motivo: foi a primeira vez que André teve uma conversa política com o petista, apesar da extensa experiência no parlamento.

André foi deputado federal durante os dois mandatos em que Lula esteve à frente da presidência da República. Mas nunca esteve no Planalto, nunca fez uma foto com ele, uma vez que era filiado ao DEM e exercia Oposição. Esse histórico fez parte da conversa dois dois ontem, resultado de um convite feito pelo senador Humberto Costa.

Ao solicitar a presença de André, Humberto realçou que Lula já tinha falado com Kassab, que nutre significativa deferência por André, hoje exercendo seu sexto mandato de federal. Só ontem, no entanto, ele e Lula “trocaram figurinhas”. Kassab mantém um diálogo fluído com Lula. E há uma bolsa de apostas dando conta de que, ao menos no Nordeste, o PSD poderia liberar seus quadros para uma construção de apoio ao projeto nacional do PT.

"Lula já tem dois partidos que serão referências da frente ampla, que são o PSB, à esquerda, e o PSD, mais ao centro", observa uma graduada fonte da Frente Popular à coluna em reserva. Faz referência a uma articulação na qual caberia ao PSB e ao PSD receberem lideranças que, por acomodação política, não caberiam no PT, por exemplo.

No PSD, há um reconhecimento latente a personagens que foram importantes na formação da legenda e uma delas foi a ex-presidente Dilma Rousseff, que acabou dando a benção para que o partido se habilitasse. O outro parceiro nessa fundação, já sempre enaltecido por André e Kassab, foi o ex-governador Eduardo Campos. Atualmente, há socialistas definindo a relação do PSB com PSD e PT como "ajustada".

Nas hostes petistas, há uma expectativa de que, no Nordeste, onde o PSD assume uma feição mais alinhada a Lula, o partido possa liberar seus quadros. Na conversa com André de Paula, acompanhada de outras lideranças, no Recife, Lula fez elogios a nomes do PSD, a exemplo dos senadores Otto Alencar e Omar Aziz, além de Eduardo Paes, recém-ingresso no PSD. Em Pernambuco, André, por sua vez, tem nome cotado para integrar, na condição de candidato ao Senado, uma chapa majoritária encabeçada pelo PSB. Nacionalmente, o PSD cogita lançar Rodrigo Pacheco candidato ao Planalto, o que não tem inviabilizado, até o momento, os acenos entre PSD e PT. Pernambuco foi palco, ontem, de mais um deles.

Ainda no encontro com André de Paula, Lula chegou a defender que Jaques Wagner não seja candidato ao Governo da Bahia em prol de uma candidatura do senador Otto Alencar. Há parcerias entre as duas siglas em vários estados já. Por Renata Bezerra da Folhape

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