Bolsonaro
deu as declarações ao conversar com apoiadores no Palácio da Alvorada,
residência oficial da Presidência. No diálogo, transmitido em redes sociais, um
simpatizante questionou se havia novidade para caçadores, atiradores e
colecionadores, os chamados CACs. O presidente, então, respondeu:
"O
CAC está podendo comprar fuzil. O CAC que é fazendeiro compra fuzil 762. Tem
que todo mundo comprar fuzil, pô. Povo armado jamais será escravizado. Eu sei
que custa caro. Tem um idiota: 'Ah, tem que comprar é feijão'. Cara, se não
quer comprar fuzil, não enche o saco de quem quer comprar."
De
acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – inflação oficial do país –
registrou alta de 0,96% em julho, chegando a 8,99% no acumulado dos
últimos 12 meses, maior percentual desde maio de 2016, quando estava em
9,32%. Em 2021, o IPCA acumula alta de 4,76%.
Ainda
segundo o IBGE, a inflação para a alimentação em domicílio mais que dobrou entre
os meses de junho e julho, passando de 0,33% para 0,78%.
Bolsonaro
tem como hábito chamar de "idiota" pessoas que o criticam ou
que o cobram pela situação do país. Em março, por exemplo, usou a palavra ao se
referir às críticas pelo atraso na compra de vacinas contra Covid-19.
"Tem
idiota que a gente vê nas redes sociais, na imprensa, [dizendo] 'vai comprar
vacina'. Só se for na casa da tua mãe. Não tem [vacina] para vender no
mundo", disse na ocasião.
Bolsonaro
também chamou um jornalista de "idiota" durante uma
entrevista na Bahia.
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