Ambos
se manifestaram horas após Bolsonaro ter afirmado, sem apresentar nenhuma
prova, que a fraude eleitoral está no TSE, além de ter atacado Barroso, a quem
chamou de "idiota" e "imbecil". Um dia antes, Bolsonaro já
havia colocado em xeque a realização das eleições de 2022.
Bolsonaro
tem feito repetidas ameaças contra as eleições, numa radicalização de discurso
que coincide com pesquisas que apontam o aumento de sua reprovação e o
favoritismo do ex-presidente Lula (PT) no pleito de 2022.
Em
entrevista, Pacheco subiu o tom e afirmou que não aceitará retrocessos à
democracia do país, em resposta também às manifestações de militares sobre a
CPI da Covid.
Dois
dias atrás, o ministro da Defesa, Braga Netto, e os comandantes das Forças
Armadas divulgaram uma nota na qual repudiavam declarações feitas pelo
presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), sobre os militares sob
investigação e na mira da comissão.
O
presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), subiu o tom nesta sexta-feira
(9) e afirmou que não aceitará retrocessos à democracia do país, em resposta às
manifestações de militares sobre a CPI da Covid e às ameaças do presidente Jair
Bolsonaro contra o processo eleitoral e democrático.
"E
quero aqui afirmar a independência do Parlamento brasileiro", continuou.
"A independência do Congresso Nacional, composto por suas duas Casas, o
Senado Federal e a Câmara dos Deputados, que não admitirá qualquer atentado a
esta sua independência e sobretudo às prerrogativas dos parlamentares de
palavras, opiniões e votos, que naturalmente devem ser resguardados numa
democracia."
A
seguir, Pacheco também defendeu "a preservação absoluta de algo que é
também inegociável, que é o Estado de Direito e a democracia".
"Nós não podemos admitir qualquer tipo de fala, de ato, de menção que seja atentatória à democracia ou que estabeleça um retrocesso naquilo que, repito, a geração antes da minha conquistou e que é nossa obrigação manter, que é a democracia no nosso país."
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