Os
novos preços seguem a alta das cotações internacionais do petróleo e passam a
vigorar nesta terça (6). O preço do diesel não era reajustado desde o início de
maio. Já gasolina e gás de cozinha foram alterados no dia 11 de junho -o
primeiro para baixo e o segundo, para cima.
Segundo
a estatal, o preço do gás de cozinha subirá R$ 0,20 por quilo, para R$ 3,60 (ou
R$ 46,80 o botijão de 13 quilos. Já gasolina e diesel subirão R$ 0,16 e R$ 0,10
por litro, para R$ 2,69 e R$ 2,81.
É
o décimo-quinto aumento consecutivo no preço do gás de cozinha nas refinarias
da Petrobras, após um período de queda no início da pandemia. Desde o início do
governo Bolsonaro, o produto vendido pela estatal acumula alta de 66%.
O
anúncio dos reajustes ocorre após questionamentos no mercado sobre a política de
preços da companhia, que começou a observar prazos mais longos antes de decidir
por mudanças. Na sexta (2), a Ativa Investimentos publicou relatório apontando
defasagem de 20% no preço da gasolina.
"Pelo
que estamos acompanhando, tal reajuste não deverá ser dado pela Petrobras tão
em breve, uma vez que a companhia tem esperado intervalos maiores para
reajustar os preços", escreveu o economista-chefe da Ativa, Étore Sanchez.
Nesta
segunda, pouco antes do anúncio da Petrobras, a Abicom (Associação Brasileira
dos Importadores de Combustíveis) havia calculado as defasagens em 12% na
gasolina e 7% no diesel. A entidade lembrou que a última mudança no preço do
diesel ocorreu há 66 dias.
Nesse
meio tempo, as cotações internacionais do petróleo dispararam, levando o Brent,
referência internacional negociada em Londres, a superar a barreira dos US$ 75
por barril pela primeira vez desde 2018. Na sexta, a cotação estava em US$
76,17.
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