A Folha
de São Paulo publicou reportagem nesta segunda-feira (07), com base em
e-mails trocados entre representantes da gigante da indústria farmacêutica, a
Pfizer, e o governo Bolsonaro, que atestam que o mandatário recusou vacinas no
ano passado pela metade do preço pago por Estados Unidos, Reino Unido e União
Europeia.
Em
depoimento à CPI, o general e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello reiterou
que considerou caras, em agosto de 2020, a proposta de entrega a partir de
dezembro do ano passado de até 70 milhões de doses da Pfizer, a US$ 10
cada.
Documentos divulgados pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI da Covid, mostram que a gestão Jair Bolsonaro deixou de responder 53 e-mails da farmacêutica Pfizer enviados para pedir um posicionamento sobre a compra de vacinas.
Eduardo Pazuello chegou alegar que o governo não aceitou a oferta em função do Tribunal de Conta da União (TCU), que, por meio de nota, desmentiu o ex-ministro.
A primeira ida de Pazuello à CPI foi marcada por tantos relatos contraditórios, que ele foi convocado para um segundo depoimento.
Ainda,
assim, após o segundo depoimento de Pazuello, o presidente da CPI, senador Omar
Aziz (PSD) declarou considerar a realização de uma acareação entre o ex-chefe
da Secretaria de Comunicação (Secom) do governo federal Fabio Wajngarten, o
ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e um representante da Pfizer.
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