Apesar
da grande quantidade de pessoas na Praça do Derby, os organizadores do ato
ressaltaram a todo momento a necessidade de respeitar o distanciamento social e
o uso de álcool para limpar as mãos.
Após
a concentração no Derby, os manifestantes saíram em caminhada até o final da
Conde da Boa Vista.
Paulo
Rocha, presidente da CUT-PE ressaltou a importância do ato de hoje como uma
forma de se contrapor à gestão Bolsonaro, que com sua "política
genocida" gerou a morte de mais de 450 mil mortes por Covid-19.
"Bolsonaro não contratou vacina, poderíamos ser o primeiro País a se
vacinar, deixou faltar oxigênio, não contratou medicação para UTI e não renovou
o auxílio emergencial de R$ 600 para garantir alimentação para as pessoas
ficarem em casa. Estamos fazendo um ato em defesa da vida, isso significa
comida no prato, vacina no braço, auxílio emergencial, geração de emprego e
fora Bolsonaro", afirmou.
Kleber
dos Santos, da Central dos Movimentos Populares frisou o "desmonte das
políticas públicas". "Temos mais da 70 milhões de brasileiros abaixo
da linha da pobreza, além desses problemas o governo de Bolsonaro promove
desmonte de políticas públicas do nosso País. Esse governo, nessa pandemia, já
matou quase 500 mil brasileiros, por isso estamos nas ruas, viemos às ruas para
dar um basta", afirmou Kléber.
"Não
dá pra esperar as eleições de 2022, quando chegar lá todos os nosso direitos já
terão sido retirados", ressaltou Carlos Elias, representante da CSP
Conlutas.
A marcha ocupou as duas faixas da Conde da Boa Vista e os veículos ficaram
parados nos cruzamentos, sobretudo os no sentido Derby - Rua da Aurora.
Na Avenida Guararapes, a Polícia Militar e o Choque começaram a soltar bombas
de efeito moral, para dispersar os manifestantes. Pouco antes das bombas, pelo
menos duas manifestantes foram detidas.
O
batalhão de choque havia montado uma barricada no final da Avenida Guararapes.
A partir do momento em que houve a confusão, que de acordo com manifestantes,
começou com a detenção de participantes do ato, o choque avançou em direção a
Ponte Duarte Coelho. Em seguida, sempre com bombas de efeito moral e o uso de
balas de borracha, os policiais avançaram pela Rua da Aurora, continuando a
dispersar os manifestantes.
Por meio de rede social, a vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos
(PCdoB), afirmou que a ordem da ação da PM não partiu do Governo do Estado.
"Acabo de saber do episódio na Dantas Barreto, da violência praticada
contra os manifestantes e gostaria de dizer que isso não foi autorizado pelo
Governo do Estado. O governador Paulo Câmara tem se pautado pela democracia e
pelo diálogo. Falo aqui também como militante que sou acostumada a estar em
manifestações populares no nosso estado, nós condenamos esse tipo de atitude e
vamos tirar as consequências do acontecido", disse Luciana.
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