quarta-feira, 19 de maio de 2021

Armando Monteiro: PSB já não tem o que oferecer a Pernambuco

                             O ex-senador e ex-ministro Armando Monteiro Neto (PSDB) fez algumas projeções sobre a disputa eleitoral em Pernambuco no próximo ano. Em entrevista concedida hoje ao âncora Magno Martins, no programa Frente a Frente, da Rede Nordeste de Rádio, ele considerou que o PSB "já não tem o que oferecer" ao Estado.

De acordo com Armando, a oposição tem que ter como foco "quebrar o domínio" dos socialistas. "A gente precisa ter uma visão de que o objetivo fundamental das oposições em Pernambuco é interromper, é quebrar esse domínio do PSB que, a meu ver, já não tem o que oferecer a Pernambuco", avaliou. 

Armando Monteiro tomou como base a pesquisa do Instituto Opinião com pré-candidatos ao Governo de Pernambuco, divulgada por este blog na última segunda-feira (17). "Um dos candidatos governistas que já é identificado como tal, o ex-prefeito do Recife Geraldo Julio (PSB), aparece com 6 ou 7%, quer dizer, é sinal de que ele tem um recall negativo", declarou.

"A Prefeitura do Recife é uma grande plataforma de exposição. Todo mundo sabe quem é o prefeito do Recife. Nesse caso, é um recall negativo porque, embora ele seja muito conhecido, é muito rejeitado. Por isso, apareceu com essa posição, eu diria, absolutamente vexatória do Instituto Opinião", prosseguiu.

O tucano também foi testado no levantamento, mas como potencial candidato a senador e apareceu em terceiro, com 14,8%, atrás de Paulo Câmara (PSB), que surgiu com 18,5%, e Mendonça Filho (DEM), com 15,1%. Ele disse que os dados são incipientes e que vão depender dos "interesses do conjunto da oposição" e das "posições atribuídas a cada um dos partidos desse campo". 

Armando comentou a possível aliança entre PT e PSB, lembrando da disputa acirrada entre as duas siglas pela Prefeitura do Recife, em 2020: "Essa relação do PSB com o PT e PSB é meio esquizofrênica porque eles 'se beijam' numa eleição e se agridem na outra. O PT foi a Geni da eleição municipal do Recife porque João Campos não fez outra coisa a não ser atirar pedras no PT."

O ex-senador ainda falou sobre "coerência" e lembrou da eleição em 2018, quando concorreu ao Governo do Estado pela segunda vez. Vários aliados incentivaram Armando Monteiro a apoiar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), mas ele se negou a fazer isso.

"Eu resisti, Magno, conhecendo a trajetória dele. Os valores que ele representa na vida pública são diametralmente opostos aos que eu sempre defendi. Ele fazia apologia à tortura, sempre teve posições extremadas, ele flerta com o autoritarismo e agride as instituições. Isso não tem nada a ver com a minha trajetória", concluiu. Do blog do Magno Martins

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