De
acordo com Armando, a oposição tem que ter como foco "quebrar o
domínio" dos socialistas. "A gente precisa ter uma visão de que
o objetivo fundamental das oposições em Pernambuco é interromper, é quebrar
esse domínio do PSB que, a meu ver, já não tem o que oferecer a
Pernambuco", avaliou.
Armando
Monteiro tomou como base a pesquisa do Instituto Opinião com
pré-candidatos ao Governo de Pernambuco, divulgada por este blog na última
segunda-feira (17). "Um dos candidatos governistas que já é identificado
como tal, o ex-prefeito do Recife Geraldo Julio (PSB), aparece com 6 ou
7%, quer dizer, é sinal de que ele tem um recall negativo",
declarou.
"A Prefeitura
do Recife é uma grande plataforma de exposição. Todo mundo sabe quem é o
prefeito do Recife. Nesse caso, é um recall negativo porque, embora
ele seja muito conhecido, é muito rejeitado. Por isso, apareceu com essa
posição, eu diria, absolutamente vexatória do Instituto Opinião",
prosseguiu.
O tucano
também foi testado no levantamento, mas como potencial candidato a senador e
apareceu em terceiro, com 14,8%, atrás de Paulo Câmara (PSB), que surgiu com
18,5%, e Mendonça Filho (DEM), com 15,1%. Ele disse que os dados são
incipientes e que vão depender dos "interesses do conjunto da oposição"
e das "posições atribuídas a cada um dos partidos desse campo".
Armando
comentou a possível aliança entre PT e PSB, lembrando da disputa acirrada entre
as duas siglas pela Prefeitura do Recife, em 2020: "Essa relação do PSB
com o PT e PSB é meio esquizofrênica porque eles 'se beijam' numa eleição e se
agridem na outra. O PT foi a Geni da eleição municipal do Recife porque João
Campos não fez outra coisa a não ser atirar pedras no PT."
O
ex-senador ainda falou sobre "coerência" e lembrou da eleição em
2018, quando concorreu ao Governo do Estado pela segunda vez. Vários aliados
incentivaram Armando Monteiro a apoiar o presidente Jair Bolsonaro (sem
partido), mas ele se negou a fazer isso.
"Eu
resisti, Magno, conhecendo a trajetória dele. Os valores que ele representa na
vida pública são diametralmente opostos aos que eu sempre defendi. Ele fazia
apologia à tortura, sempre teve posições extremadas, ele flerta com o
autoritarismo e agride as instituições. Isso não tem nada a ver com a minha
trajetória", concluiu. Do blog do Magno Martins
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