sexta-feira, 5 de março de 2021

Polícia desvenda trama que envolveu policiais, roubo de drogas, tráfico internacional e mortes

                  Crimes praticados por uma quadrilha formada por agentes de forças de segurança foram desvendados em Pernambuco. O grupo, formado por papiloscopista, guarda municipal do Recife, PM e outros homens, é suspeito de fazer ações policiais clandestinas para roubar drogas e outros bens de pessoas envolvidas com o tráfico internacional e atividades ilegais.       

Na investigação, a Polícia Civil descobriu dois assassinatos e o roubo de entorpecente de traficantes estrangeiros. Também prendeu duas pessoas e apreendeu uma metralhadora da corporação.

Os detalhes da Operação Efusão foram divulgados, nesta quinta-feira (4), durante entrevista coletiva concedida na sede da Polícia Civil, no Recife. Ao longo da ação, foram expedidos cinco mandados de prisão.

Segundo Derivaldo Falcão, titular da Delegacia de Roubos e Furtos, o papiloscopista e outro homem estão presos. O policial militar, o guarda e uma terceira pessoa encontram-se foragidos.

A investigação começou, há um ano, a partir do registro de uma queixa de roubo, feita por dois mexicanos. A polícia disse que eles se passaram por turistas e informaram que tinham sido vítimas de assalto em um hotel, no Recife.

Eles disseram à polícia, inicialmente, que os supostos ladrões tinham levado US$ 3.600, máquina fotográfica profissional, celulares e relógio. Na investigação, a polícia terminou descobrindo que houve o roubo, mas estava faltando uma parte da história.

Na verdade, os estrangeiros estavam, de acordo coma polícia, negociando a venda de uma droga conhecida como “óleo mexicano”, com um austríaco que era dono de um estúdio de tatuagem, no Grande Recife.

O europeu terminou sendo assassinado, em Paulista, na Região Metropolitana, no início de 2020. Logo em seguida, a namorada dele e o papiloscopista foram presos. Na época, a polícia não revelou qual seria o motivo do crime.

O problema é que um funcionário do estúdio de tatuagem ouviu a negociação dos mexicanos com o austríaco e chamou o seu grupo, formado pelos agentes das forças de segurança, para pegar a droga e outros bens.

A quadrilha acabou levando a droga conhecida como “óleo mexicano”. Segundo o delegado, é um entorpecente muito difícil de ser encontrado em Pernambuco e tem alto valor para o tráfico internacional. A polícia acredita que se trata de um componente de drogas sintéticas.

As imagens registradas no hotel mostraram os mexicanos e os agentes de segurança em atuação. A princípio, a polícia acreditava que seria uma ação conjunta entre as polícias. Mas, o papiloscopista apresentou outra versão, deixando a polícia com mais dúvidas. Do G1PE

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