quarta-feira, 10 de março de 2021

Estudos iniciais mostram que CoronaVac é eficaz contra variantes P.1 e P.2

                     Dados preliminares de estudos desenvolvidos pelo Instituto Butantan mostram que a CoronaVac é capaz de combater as variantes P.1 e P.2 do coronavírus Sars-CoV-2. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (10) pelo Butantan. O estudo incluiu as amostras de 35 participantes vacinados na Fase 3 realizada pelo instituto.

"O estudo completo inclui um número maior de amostras já em análise. Os resultados serão divulgados posteriormente", informa o Butantan.

O Butantan destaca que vacinas como a CoronaVac, compostas de vírus inativado, possuem todas as partes do vírus.

"Isso pode gerar uma resposta imune mais abrangente em relação ao que ocorre com outras vacinas que utilizam somente uma parte da proteína Spike (proteína utilizada pelo coronavírus para infectar as células). A vacina inativada do Butantan consegue ter uma proteína Spike completa", explica o Butantan.

Assim, a vacina do Butantan pode levar a uma proteção mais efetiva contra as variantes que apresentam mutação na proteína Spike, enquanto as vacinas que têm fragmentos menores desta proteína têm menos chances de serem eficazes contra as novas variantes.

Nos testes, o Butantan usa soros das pessoas vacinadas, colhidos por meio de exames de sangue. Posteriormente, as amostras são colocadas em um cultivo de células e infectadas com as variantes.

"A neutralização consiste em testar se os anticorpos gerados em decorrência da vacina vão neutralizar, ou seja, combater o vírus nesse cultivo", completa o Butantan. 

No estudo está sendo avaliado não somente o vírus de referência, como também as variantes P.1 e P.2 (ambas têm mutação E484K presente na variante B.1.351, detectada na África do Sul).

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