Diz a
presidente ao jornalista que “O poder de indicação e escolha é meu, os que
convidei, estranhamente, não aceitaram”, justificou Galindo, adiantando ter
esperanças de que hoje, prazo final da instalação da CPI, possa contar com a
colaboração dos vereadores.
Mas, apesar
de afirmar que o poder de escolher é seu, na realidade a vereadora e presidente
deve também seguir as determinações dos partidos, a exemplo do Partido Trabalhista
Brasileiro – PTB que por meio de ofício, protocolado ainda no final de julho,
indicou o nome da vereadora Zirleide Monteiro para representar a legenda na
CPI. O ofício foi assinado pelos três parlamentares do partido: Heriberto do
Sacolão, Everaldo Lira e a própria Zirleide Monteiro. Portanto, não cabe aqui a
presidente escolher quem ela quiser, mas seguir a determinação já expressa pelo
partido.
No tocante
aos demais membros, cabe a a presidente dizer quem ou qual partido se recusou a indicar
nomes para compor a CPI e assim, a sociedade de Arcoverde vai ficar sabendo
quem tá querendo jogar para debaixo do tapete as irregularidades já apontadas no
âmbito da Secretaria de Assistência Social e Cidadania de Arcoverde.
Que a presidente
da Câmara abra hoje a sessão e cobre dos demais partidos, só tem mais dois, já
que o PTB indicou Zirleide Monteiro, que indiquem seus nomes e caso a CPI
naufrague por omissão desses partidos ou parlamentares, que o povo de Arcoverde
saiba quem não quer cumprir a sua obrigação de vereador, que é a de fiscalizar
o Poder Executivo. Quem do PSB ou do Avante foram indicados ou convidados que se recusaram a participar da CPI?
Como revela
a vereadora Zirleide Monteiro, a presidente da Câmara, a vereadora Célia
Galindo (PSB), “não tem motivos para não instalar. A CPI foi aprovada por
maioria absoluta. Estamos diante de um caso muito nebuloso, que, sem
explicações, foi abandonado pelo Ministério Público”. E não adianta dizer que
está na Procuradoria Geral de Justiça, pois ninguém sabe o número do tal
inquérito que investiga tais fatos e a promotoria disse a própria vereadora
denunciante que não poderia dizer (?).
Segundo a
denúncia dela, desde 2016 um esquema de desvio de recursos vinha sendo
praticado no âmbito da Secretaria envolvendo inclusive recursos do BPC
(Benefício de Prestação Continuada), nomes de pessoas utilizadas como laranjas
para receber recursos através de empenhos. Em somente um caso citado no pedido de
CPI, um senhor, agricultor, recebeu em sua conta bancária transferências que
somam quase R$ 20 mil, além de ter recebido pagamento por ministrar cursos para
a secretaria, quando mal sabe escrever.
Segundo a
vereadora Zirleide Monteiro, além dos fatos nebulosos que estão tentando jogar
para debaixo do tapete, é preciso avaliar o comportamento da prefeita do
município, pois há informações de que tais acontecimentos não foram repassados
ao Conselho Municipal de Assistência Social. Segundo um dos conselheiros, em
nenhum momento de 2019 e agora de 2020 o tema foi apresentado aos demais
membros do Conselho.
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