domingo, 17 de maio de 2020

Prefeitura de Arcoverde exonera contratados em meio a pandemia


              Passados 60 dias do início da pandemia que já matou 08 pessoas em Arcoverde e mais de 1,5 mil em Pernambuco, a prefeita Madalena Britto (PSB) decidiu colocar no olho da rua professores, merendeiras, vigilantes e outros profissionais que atuavam na administração municipal através de contratos de prestação de serviços. Segundo nota enviada ao blog do Magno Martins, a prefeitura diz que trata-se de apenas contratos de profissionais de Educação, mas o leque de demitidos pode ser bem maior.

Segundo informações repassadas pela vereadora Zirleide Monteiro (PTB), os contratados estão recebendo desde sexta-feira (15) ligações de seus chefes e diretores de todas as secretarias comunicando da suspensão dos contatos com a alegação da pandemia. Segundo ela, o que se está fazendo é jogando na rua e sem amparo dezenas de pais de famílias.

“Não acredito que o governo só descobriu a gravidade da pandemia agora, principalmente no tocante as receitas municipais, embora que vá receber mais de R$ 7 milhões do Governo Federal para cobrir essas perdas. O grande problema é que essas pessoas são simplesmente descartadas, com salários ainda a receber de março, e não vão poder receber o chamado auxílio emergencial. Se coloca em situação de vulnerabilidade social dezenas de famílias, de vidas, em pleno auge da pandemia”, alertou. A parlamentar disse que ia acionar o Ministério Público contra a medida que prejudica dezenas de pais de família.

Na nota veiculada pela prefeitura, ela afirma que “De início, houve a preocupação do município em garantir a esses profissionais o direito de retornar as suas atividades após esse período, e com isso cumprirem o restante do contrato celebrado, garantindo assim a continuação das atividades desses profissionais”, ou seja, ficam diretamente vinculado a prefeitura, sem salários e não podem usufruir do benefício do auxílio emergencial.

Na semana passada, o Ministério Público de Pernambuco recomendou que o município de Cachoeirinha revertesse a suspensão de contratos de professores da rede municipal e adotasse medidas alternativas para reduzir custos em razão da pandemia do Covid-19, como a concessão de férias coletivas, trabalho remoto ou mesmo a ampliação do banco de horas da categoria.


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