Passados
60 dias do início da pandemia que já matou 08 pessoas em Arcoverde e mais de
1,5 mil em Pernambuco, a prefeita Madalena Britto (PSB) decidiu colocar no olho
da rua professores, merendeiras, vigilantes e outros profissionais que atuavam
na administração municipal através de contratos de prestação de serviços. Segundo
nota enviada ao blog do Magno Martins, a prefeitura diz que trata-se de apenas contratos
de profissionais de Educação, mas o leque de demitidos pode ser bem maior.
Segundo
informações repassadas pela vereadora Zirleide Monteiro (PTB), os contratados
estão recebendo desde sexta-feira (15) ligações de seus chefes e diretores de
todas as secretarias comunicando da suspensão dos contatos com a alegação da pandemia.
Segundo ela, o que se está fazendo é jogando na rua e sem amparo dezenas de
pais de famílias.
“Não
acredito que o governo só descobriu a gravidade da pandemia agora,
principalmente no tocante as receitas municipais, embora que vá receber mais de
R$ 7 milhões do Governo Federal para cobrir essas perdas. O grande problema é
que essas pessoas são simplesmente descartadas, com salários ainda a receber de
março, e não vão poder receber o chamado auxílio emergencial. Se coloca em situação
de vulnerabilidade social dezenas de famílias, de vidas, em pleno auge da
pandemia”, alertou. A parlamentar disse que ia acionar o Ministério Público
contra a medida que prejudica dezenas de pais de família.
Na
nota veiculada pela prefeitura, ela afirma que “De início, houve a preocupação do município em garantir a esses
profissionais o direito de retornar as suas atividades após esse período, e com
isso cumprirem o restante do contrato celebrado, garantindo assim a continuação
das atividades desses profissionais”, ou seja, ficam diretamente vinculado
a prefeitura, sem salários e não podem usufruir do benefício do auxílio
emergencial.
Na
semana passada, o Ministério Público de Pernambuco recomendou que o município
de Cachoeirinha revertesse a suspensão de contratos de professores da rede
municipal e adotasse medidas alternativas para reduzir custos em razão da
pandemia do Covid-19, como a concessão de férias coletivas, trabalho remoto ou
mesmo a ampliação do banco de horas da categoria.
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