Servidores da Saúde de Arcoverde se mobilizam para cobrar gratificação atrasada

              Com mais de um mês de atraso, os servidores da secretaria de saúde de Arcoverde que atuam nas Unidades Básicas de Saúde, a exemplo de enfermeiros, odontologistas, agentes e técnicos de saúde, pretendem cobrar nesta segunda-feira, através de uma manifestação em frente à sede da Secretaria de Saúde, no prédio do antigo DNOCS, o pagamento do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ).

Na última sexta-feira, a Secretária de Saúde, Andréia Britto, enviou aos ACS uma nota dizendo que a prefeita enviaria uma nova lei do PMAQ para ser votada na Câmara de Vereadores nesta segunda-feira (02) para, assim, fazer o pagamento da gratificação. Os profissionais da saúde não entenderam, já que a lei do PMAQ definindo os valores e percentuais a que cada servidor tem direito a receber foi aprovada em 2018 pela Câmara de Vereadores e tem validade até agosto deste ano.

A secretaria de Saúde acabou querendo jogar para a Câmara de Vereadores a responsabilidade de não estar pagando a gratificação do PMAQ, quando na realidade a lei já existe, está em vigor e o dinheiro em caixa, pelo menos deveria estar.

Para tratar do assunto a secretária está programando uma reunião com os ACS, enfermeiros, odontologistas que prometem já a partir das 08h começarem a se concentrarem em frente ao DNOCS, sede da secretaria de Saúde, para cobrarem o efetivo pagamento do PMAQ de janeiro, ainda não pago e apresentarem outras reivindicações.

Segundo os organizadores do movimento, que tem à frente o cirurgião-dentista Marcos Rabelo, além do pagamento imediato do PMAQ, os profissionais de saúde pretendem abrir discussões sobre o reajuste salarial e gratificação para todos os funcionários da saúde, não aceitação da volta da antiga lei de metas, plano de cargos e carreiras da Saúde, reforma da previdência municipal e discussão da nova lei do PMAQ.

“Não vamos nos acomodar! Estamos com os salários sem reajuste a vários anos e esse salário é nossa única garantia para quando nos aposentarmos ou por motivos outros não pudermos trabalhar. É sabido que a prefeitura não pagará a ninguém gratificação salarial em caso de aposentadoria ou licença médica mais demorada, por isso precisamos abrir as discussões e lutar pelos direitos dos trabalhadores da saúde de Arcoverde”, afirmou Marcos.