quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

“Nada de ilegal foi encontrado no BNDES” diz Montezano sobre auditoria de R$ 42 milhões


            O presidente do BNDES, Gustavo Montezano, disse nesta quarta-feira (29) que auditoria para investigar contratos do banco com a empresa J&F — controladora da JBS — foi recomendada pelo auditor externo dos balanços financeiros da instituição, a consultoria KPMG. Em uma apresentação no Ministério da Economia, Montezano defendeu a contratação e disse que os dois aditivos foram sugeridos pelos técnicos do banco.

“Em setembro de 2017, o auditor das demonstrações financeiras do banco recomendou que o banco se protegesse através da contratação de uma investigação externa”, disse Montezano. “A nossa função é recuperar a reputação do banco. Não estamos aqui para acusar ninguém. A nossa função é dar total transparência para qualquer cidadão que o BNDES não tem mais nada a esconder, pelo contrário”.

Perguntado sobre se há ainda uma “caixa-preta” a ser aberta no BNDES, ele respondeu:

“A gente entende que, no momento atual, não há nada mais a esclarecer em relação a operações polêmicas do passado”, declarou.

Segundo o presidente do BNDES, a auditoria custou R$ 42,7 milhões, somando os valores iniciais e os dois aditivos. O valor é diferente do que vinha sendo divulgado, de R$ 48 milhões, por conta da diferença da cotação do dólar. O BNDES considera o cotação da moeda americana em cada momento da contratação.

O serviço foi realizado pela consultoria Cleary Gottlieb Steen & Hamilton LLP, e pelo escritorios Protivi e Levy & Salomão. A KPMG e a Grant Thornton são os auditores independentes do BNDES. Foram eles que sugeriram a contratação da investigação. A KPMG e a Grant Thornton também fizeram a validação da investigação.

Montezano afirmou que a auditoria, contratada entre 2017 e 2018, mirava oito operações do banco com a J&F em montante atualizado de R$ 20,1 bilhões. A auditoria não encontrou irregularidades nas operações do BNDES com a J&F.

Nenhum comentário:

Postar um comentário