Ex-assessores
do senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ), entre eles Fabrício Queiroz,
são alvo de mandados de buscas e apreensão na manhã desta quarta-feira (18).
Também
são investigados Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher do presidente Jair
Bolsonaro (sem partido-RJ), e parentes dela que foram empregados no gabinete de
Flávio.
As
medidas fazem parte da investigação da suspeita de que havia a
"rachadinha" -- um esquema de repartição de salários -- no gabinete
do parlamentar na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), onde ele
foi deputado estadual por quatro mandatos.
A
força-tarefa obteve na Justiça, em maio, a quebra dos sigilos fiscal e
bancário de 96 pessoas e empresas -- incluindo Queiroz e Flávio.
A
investigação foi instaurada em 31 de julho do ano passado, meses depois que o
antigo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf, hoje Unidade de
Inteligência Financeira) enviou um relatório ao MP com movimentação
atípica de Queiroz num total de R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e
janeiro de 2017.
O
caso ficou parado de julho até novembro, aguardando decisão do Supremo
Tribunal Federal (STF) sobre a legalidade do compartilhamento dessas
informações sem autorização judicial.
As
medidas cautelares desta quarta atingem sobretudo ex-assessores que também
tiveram quebrado pelo Tribunal de Justiça do Rio em abril. Ao todo, na ocasião,
96 pessoas e empresas foram alvo da decisão da 27ª Vara Criminal do Rio, Flávio
Itabaiana de Oliveira Nicolau.
Durante
os anos 2000, Fabrício trabalhou por mais de dez anos como segurança e
motorista de Flávio Bolsonaro, o filho mais velho do presidente. Queiroz
recebia da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) um salário de R$ 8.517 e
acumulava rendimentos mensais de R$ 12,6 mil da Polícia Militar. Ele foi
exonerado do gabinete de Flávio na Alerj em outubro de 2018.
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