Estudantes,
vereadores, secretários, indígenas e a população em geral lotou a Câmara de
Vereadores de Buíque em defesa do Sistema Único de Assistência Social – SUAS,
na última terça-feira (26), durante Audiência Pública realizada pela Secretaria
de Assistência Social, comandada pela secretária Teófila Valença, que avaliou
positivamente a mobilização da sociedade.
- Foi
um momento importante aonde pudemos debater com vereadores e a sociedade os
problemas que afetam hoje o sistema de assistência social e, principalmente, os
danos que esses cortes e a supressão dos programas vão ocasionar em todo o
município e no País. Buíque está perdendo e pode perder muito mais caso essa
política de extinção dos programas sociais siga em frente, afirmou Teófila.
Os
vereadores presentes (Dão Tenório e Daidson Amorim), destacaram a necessidade
crescentes das famílias mais carentes de Buíque pelas ações sociais que, a cada
ano, vem sendo afetadas pelos cortes constantes do Governo Federal. O secretário
da Juventude, Matheus Albuquerque, também destacou os esforços que a prefeitura,
através da Secretaria de Assistência Social, vem fazendo para manter os programas
sociais mesmo com os cortes e atrasos de recursos.
A Assistente Social Edvane Gomes retratou bem as consequências dos
atrasos e do fim dos programas sociais, como os de transferências de renda a
exemplo do Bolsa Família. Cras, Creas, Serviços de Convivência, entre outros,
estão sendo paralisados por cortes e atrasos nos recursos nos município. Ela citou como exemplo da importância desses
programas para o município e a redução das desigualdades sociais, o Bolsa
Família, que, mensalmente, injeta na economia de Buíque um montante de mais de
R$ 2,2 milhões. Com a extinção desse programa, o comércio e serviços de Buíque
e de todos os municípios nordestinos, seriam afetados duramente.
Durante
sua palestra abordando as políticas sociais no País e do município nos dias
atuais, Gomes revelou que Buíque tem pelo menos 5 mil famílias referenciadas no
CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) e outras 750 no CREAS (Centro
de Referência Especializado de Assistência Social) que estão entre 03 e 05
meses de atrasos, sem receber os repasses dos recursos federais. O Programa Criança
Feliz, outro citado por Edvane Gomes, que atende a 200 crianças, está com 04
meses de atraso.
Outro
dado mais drástico apontado foi a questão do Programa de Erradicação do Trabalho
Infantil que recebeu recursos pela última vez no ano de 2016, a portanto, três
anos. O programa tem por objetivo retirar crianças e adolescentes do trabalho
infantil, mas simplesmente foi abandonado pelo Governo Federal.
Para
Teófila Valença, “a hora é de unir forças, conversar com a sociedade para se
integrar nessa luta, convencer deputados, senadores da importância dos repasses,
manutenção e ampliação dos programas sociais, para que as pessoas mais
carentes, que mais precisam desses serviços, não sejam duramente afetadas pela insensibilidade
do Governo Federal”.
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