As atividades na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) podem parar a partir do dia 13 de agosto, quando está prevista uma greve nacional de trabalhadores da educação, motivada pelo contingenciamento de verbas para as instituições públicas. A adesão será defendida pela Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe) em assembleia geral marcada para o dia 7 do próximo mês.
Ontem a associação se reuniu para discutir o programa de reestruturação do financiamento do ensino superior público, Future-se, anunciado na última quarta-feira pelo Ministério da Educação (MEC). Um novo encontro para tratar do tema está marcado para o dia 30 deste mês.
A reunião de ontem contou com a presença do reitor da UFPE, Anísio Brasileiro, da pró-reitora de Gestão Administrativa (Progest), Niedja Paula, e de docentes de diversos departamentos dos campus Recife e Caruaru e debateu sobre as possibilidades de atuação da categoria em defesa da universidade pública.
Foram apresentadas e discutidas as propostas do MEC para o Future-se. Na avaliação de Edeson Siqueira, presidente da Adufepe, a proposta tenta colocar as universidades no contexto da política universitária internacional.
“No entanto, nossa cultura é bastante diferente. Isso vai exigir muito debate e estudo”, afirma o gestor. “Nós pretendemos fazer essas discussões local e nacionalmente, através da nossa associação, do Observatório do Conhecimento e do Congresso Nacional. Defendemos uma posição que vá no sentido de termos uma proposta que de fato implique na valorização das nossas universidades, mantendo o seu caráter público e a gratuidade, sendo acessível para todos e todas”, completa.
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