sábado, 13 de julho de 2019

TRF-5 mantém afastamento do prefeito do Cabo, Lula Cabral, por tempo indeterminado


         O Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5) decidiu manter o afastamento do prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral (PSB), por tempo indeterminado. Ele e outras quatro pessoas figuram como réus em um processo sobre os crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva, crimes resultantes de uma transferência irregular de R$ 92,5 milhões do fundo previdenciário do município, Caboprev, para ativos de risco.

O processo se refere à Operação Abismo, da Polícia Federal (PF), deflagrada em outubro de 2018. Lula Cabral chegou a passar três meses preso no Centro de Observação e Triagem Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, também no Grande Recife, mas foi solto em janeiro.

A decisão de manter o afastamento de Lula Cabral foi proferida pelo desembargador federal Edilson Nobre, na quinta-feira (11), e divulgada nesta sexta-feira (12). Segundo o tribunal, Lula Cabral não deve voltar ao cargo até que seja concluída a instrução probatória na ação penal.

A defesa de Lula Cabral pode recorrer da decisão a partir de agravo interno no TRF-5. O G1 entrou em contato com o advogado Ademar Rigueira, responsável pela defesa do prefeito afastado, e aguarda resposta.

No dia 19 de outubro de 2018, a Polícia Federal prendeu 22 pessoas em uma operação contra esquema de fraudes no instituto de previdência dos servidores do Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife. O prefeito Lula Cabral foi um dos detidos.

Foram cumpridos todos os 22 mandados de prisão e os 42 mandados de busca e apreensão expedidos para a Operação Abismo. Segundo a PF, os envolvidos receberam propina para transferir R$ 92,5 milhões do instituto, que estavam em uma instituição financeira sólida, para uma empresa composta por ativos de risco.

A transferência, equivalente a cerca de 50% do total do fundo, poderia comprometer o pagamento futuro das aposentadorias, apontam os investigadores.

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