A
Justiça Federal de São Paulo ratificou o recebimento de uma denúncia feita pelo
ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot ao Supremo Tribunal Federal
(STF) contra o deputado Aécio Neves e tornou ele réu por corrupção passiva e
tentativa de obstrução judicial das investigações da Lava Jato.
A
acusação foi feita a partir de delações de Joesley Batista, do Grupo J&F,
que afirmou ter pago propina no valor de R$ 2 milhões ao deputado.Também
são acusados de corrupção passiva a irmã do senador, Andréa Neves, um primo
dele e um assessor parlamentar do congressista. Em troca, ele teria prestado
favores políticos a Joesley.
Em
março, o STF bloqueou R$ 1,7 milhão em bens do deputado. O caso
estava sob investigação no STF e foi transferido para São Paulo após o Supremo
decidir que o foro por prerrogativa de função dos parlamentares refere-se
apenas a crimes cometidos no cargo e em função dele. Aécio na época era senador
e, agora, é deputado federal.
Na
decisão, de 2 de julho, o juiz federal João Batista Gonçalves, da vara de São
Paulo especializada em crimes contra o sistema financeiro nacional e lavagem de
dinheiro, determinou que Aécio e os outros réus sejam intimados para oferecer
resposta à acusação.
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