A
Prefeita de Arcoverde, Madalena Britto (PSB), por meio de sua assessoria de imprensa,
divulgou hoje uma nota tentando explicar o imbróglio da licitação que visa
privatizar os espaços públicos dos pólos juninos do São João 2019. Para a
vereadora Zirleide Monteiro (PTB), “a prefeita se utilizou de uma nota vazia,
sem explicar nada e ainda termina assumindo que errou ao se contradizer na nota
mal elaborada e mal construída por sua assessoria”.
Na
nota, a prefeitura de Arcoverde diz: “Sobre
notícias veiculadas em redes sociais e blogs de internet acerca da Licitação
para a habilitação de empresa para atuar no São João 2019, a Prefeitura de
Arcoverde esclarece que o processo licitatório seguiu rigorosamente todas as
exigências previstas na legislação em vigor. Nada há que se questionar neste
processo licitatório, conduzido pela CPL – Comissão Permanente de Licitação do
município, com todo zelo, lisura, transparência e legalidade. Se alguma
empresa, porventura, não foi aceita no certame, trata-se de descumprimento de
prazo, de inadequação de documentos ou de não obediência às exigências do
Edital. Sobre suposta análise da licitação por parte do Tribunal de
Contas do Estado, até o momento a Prefeitura de Arcoverde não recebeu qualquer
notificação do TCE”. A nota pra variar não tem nem a assinatura da prefeita
e nem da Secretária de Cultura, responsável pela licitação dos espaços.
Segundo
a vereadora Zirleide Monteiro a prefeita se contradiz ao dizer que se porventura
alguma empresa não foi aceita é que teria descumprido o prazo, ou inadequação
de documentos e não obedeceu ao edital. Ela questionou cada um dos pontos da
frágil nota oficial.
Primeiro:
a empresa O Cazarão estava lá antes de começar a sessão, ao meio-dia,
juntamente com outra empresa que também foi barrada, entrando só as três que a
prefeitura queria. Estava de posse dos dois envelopes exigidos e toda a
documentação de seus representantes, portanto não descumpriu nenhum prazo.
Segundo:
como a prefeita pode falar em inadequação de documentos se a pregoeira nem os
documentos da empresa recebeu? Porque não recebeu? É o que queremos que
explique.
E
terceiro: qual foi a desobediência do edital se a empresa esteve no horário
correto, no local marcado, com todos os documentos de habilitação em um
envelope, as propostas de preços em outro envelope e o tudo o que era exigido
no edital?
“O
que estamos assistindo é uma verdadeira enrolação. A prefeita lança uma nota
ridícula, sem fundamentos, sem explicar e justificar nada e acha que tudo isso
fica por isso mesmo? Ela diz que não foi notificada pelo TCE e realmente foi
não, afinal somente hoje levamos ao tribunal a balbúrdia da comissão de
licitação da prefeitura. O povo de Arcoverde quer saber senhora prefeita: a
quem a senhora quer beneficiar com essa licitação?”, questionou a vereadora
Zirleide Monteiro.
Entenda o caso: Na manhã da sexta-feira (24) a licitação que a
Prefeitura de Arcoverde realizava para escolher a empresa que irá explorar os
espaços públicos que compõe os pólos juninos foi marcada pela discriminação e
recusa da documentação de uma empresa que chegou ao local e horário determinado
pelo edital do processo licitatório PMA Nº 017/2019. Quatro empresas se
apresentaram (HDF Produções e Eventos LTDA ME, MRC Gomes da Silva ME, Promofestas
LTDA ME e Tarciano Teixeira de Assis ME), mas a leiloeira da CPL (Comissão
Permanente de Licitação) se recusou a receber a documentação para
credenciamento da empresa Tarciano de Assis Teixeira ME (O Cazarão), que tem
sede em Arcoverde, levada pelo seu representante, contrariando a Lei das
Licitações aonde ninguém pode ser impedido de participar de um processo
licitatório público.
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