O
anúncio de que o governo brasileiro pretende abrir um escritório comercial em
Jerusalém provocou reações entre autoridades palestinas no Brasil e no
exterior.
Ainda
no domingo (31), em resposta ao anúncio da abertura do escritório brasileiro, o
ministro das Relações Exteriores da Autoridade Palestina condenou o que chamou
de “agressão direta contra o povo e os direitos dos palestinos”, afirmando que
o governo de Jair Bolsonaro havia cedido às “pressões americanas e israelenses
que têm o objetivo de perpetuar a ocupação e os assentamentos israelenses em
territórios palestinos”.
O
governo palestino também afirmou que convocaria seu embaixador em Brasília para
consultas, o que na linguagem diplomática sinaliza um estremecimento nas relações
bilaterais.
Demonstrando
sua insatisfação, o embaixador da Palestina, Ibrahim Alzeben, informou ao
Jornal Nacional em Brasília que, apesar de um comunicado divulgado pela
Autoridade Palestina, ele ainda não recebeu ordens para, em suas palavras,
“arrumar as malas”.
Alzeben
disse, no entanto, que espera que o governo brasileiro volte atrás, e reiterou
o convite para uma visita do presidente brasileiro aos palestinos.
Prejuízo - Países do Oriente Médio, sem contar Israel (Emirados
Árabes, Turquia, Egito, Arábia Saudita, Irã, Palestina, Bahrein, Catar, Chipre,
Iêmen, Jordânia, Kuwait, Líbano e Omã e Síria), importaram US$ 14,223 bilhões
do Brasil em 2018, segundo dados do Ministério da Economia. Esse valor
representou 5,92% de todas as vendas externas do país no ano passado (US$
239,889 bilhões). Somente para Israel, o Brasil exportou US$ 321 milhões no ano
passado.
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