Foto reprodução TV globo |
O
Tribunal Regional Eleitoral em Pernambuco (TRE-PE) autorizou a Polícia
Federal (PF) a investigar o caso de Lourdes Paixão, candidata do PSL
a deputada federal nas eleições 2018 suspeita de ter atuado como
"laranja". A PF informou, nesta quinta (7), que deve abrir nos
próximos dias o inquérito sobre as supostas irregularidades na aplicação de
recursos de fundo partidário, mas adiantou que não vai repassar detalhes. O
caso tramita em segredo de Justiça.
A
candidata recebeu R$ 400 mil de verba pública eleitoral doada pelo PSL nacional
nas eleições de 2018, mais do que o repassado para a campanha de Jair
Bolsonaro à presidência. Ela obteve 274 votos nas eleições de 2018.
A
denúncia sobre suspeita do uso de 'laranja' foi o estopim de uma crise no
governo federal, que resultou na demissão do então ministro da
Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno. Durante as eleições,
Bebianno era presidente nacional do PSL, mas ele negou que tenha sido
responsável pela escolha dos candidatos que receberam dinheiro do fundo
partidário em Pernambuco.
Em
nota, o TRE explicou que casos envolvendo eleição e fundo partidário necessitam
autorização da justiça eleitoral para serem investigados. A permissão para
abertura de inquérito sobre a campanha de Lourdes Paixão foi dada no dia 27 de
fevereiro.
Lourdes
depôs à Polícia Federal no Recife no dia 20 de fevereiro. O advogado
dela, Ademar Rigueira, não soube informar o endereço da gráfica, onde ela
gastou R$ 380 mil durante as eleições. Ele afirmou que todo o dinheiro recebido
foi gasto na confecção de adesivos e santinhos.
A candidata
também é investigada pela Polícia Civil de Pernambuco, que apura o possível
desvio de dinheiro público. O endereço da gráfica utilizada pela candidata foi
alvo de divergências. No local indicado na prestação de contas ao Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), no bairro do Arruda, Zona Norte do Recife, funcionava uma oficina onde a empresa deveria funcionar.
Segundo
os funcionários da oficina de funilaria, o estabelecimento funciona no galpão
desde, ao menos, março de 2018, sete meses antes da eleição. Em outro endereço,
no bairro dos Aflitos, também na Zona Norte, funcionam um café, uma papelaria e salas que são alugadas para cursos.
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