quarta-feira, 13 de março de 2019

Arcoverde: Zirleide questiona não repasse dos recursos da previdência descontado de salário de servidores em 2015


            Numa sessão aonde a bancada do governo não teve muito como justificar a decisão da 2ª Câmara do Tribunal de Contas do Estado que emitiu parecer pela rejeição das prestações de contas de 2015 da prefeita Madalena Britto (PSB), a vereadora da oposição Zirleide Monteiro (PTB) questionou pra onde foram os recursos descontados dos salários dos servidores e que não foram recolhidos à previdência conforme atestou o TCE.

Segundo o relatório da auditoria do TCE que embasou a decisão, foi identificado que a prefeitura descontou dos salários dos servidores em 2015 o montante de R$ 183.490,93 e não recolheu ao Regime Geral de Previdência Social do funcionalismo. Afora esse montante, outros R$ 442.046,96 da parte patronal (prefeitura) também não foram recolhidos, totalizando R$ 625.537,89.

“Pegaram o dinheiro do salário dos pobres servidores públicos municipais, descontaram de seus salários a contribuição da previdência e simplesmente não repassaram esse dinheiro. E aí eu pergunto: pra onde foi o dinheiro da previdência dos servidores?”, questionou Zirleide em seu discurso na noite de ontem, segunda-feira (11).

Ela disse que o argumento do governo de que faz aporte de recursos todos os meses para fechar as contas do Fundo de Previdência, não justificam ter descontado o percentual da previdência dos servidores e não o recolher ao fundo.

“Não me venham aqui justificar a bondade da prefeita que todo mês faz aporte disso, daquilo, de tanto para o fundo de previdência. É uma de suas obrigações. Chegamos a ter em 2014 mais contratados e comissionados do que servidores efetivos. Como se sustenta um fundo de previdência desse jeito? Tiraram o dinheiro dos salários dos pobres servidores municipais e não recolheram para a previdência como manda a lei. Isso é crime!”, afirmou a vereadora Zirleide Monteiro.

Os governistas alegaram que a prefeita apenas não cumpriu o prazo e que tudo seria esclarecido, mas não souberam justificar, também, como endossariam o fato da prefeita ter feito por conta própria suplementação orçamentária de mais de R$ 13 milhões sem a aprovação da Câmara de Vereadores, contrariando a lei.


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