quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

TCE aponta 1.548 obras paralisadas em Pernambuco

Foto: Antônio Henrique/TV Globo
         Pernambuco tem 1.548 obras paralisadas sob responsabilidade do governo do estado ou de prefeituras. É o que aponta o relatório anual do Tribunal de Contas do Estado (TCE), divulgado nesta quarta-feira (13). São R$ 7,25 bilhões em contratos e projetos que foram abandonados e ainda não beneficiaram a população. Mais de R$ 2 bilhões já foram gastos.

No último ano, 337 obras foram auditadas pelo tribunal e outras 137 foram retomadas ou concluídas. No relatório divulgado no fim de 2017, eram 1.547 obras paralisadas.

De acordo com o TCE, atualmente, 295 das obras paradas são de responsabilidade do governo estadual, o que representa um montante de R$ 4,28 bilhões. Outras 1.253 obras são vinculadas a prefeituras de 146 dos 184 municípios pernambucanos. O TCE afirma que os atrasos podem resultar em sanções, multas e até rejeição de contas públicas.

Entre as obras paradas, estão o projeto de navegabilidade do Rio Capibaribe, o Ramal da Copa, a ponte que liga os bairros de Monteiro e Iputinga, no Recife, e as reformas dos Hospitais Getúlio Vargas, Barão de Lucena, Agamenon Magalhães, Otávio de Freitas e Pronto-Socorro Cardiológico de Pernambuco (Procape), todos na capital.

Em dezembro, era possível encontrar entulhos, infiltrações, focos de dengue, materiais deteriorados e documentos espalhados pelo chão, sem o mínimo cuidado, nas obras paralisadas do Hospital Agamenon Magalhães.

Das cinco barragens prometidas em 2010 pelo governo para evitar enchentes na Mata Sul do Estado, apenas uma ficou pronta. O prazo era 2014. Serro Azul, em Palmares, foi inaugurada em 2017 com atraso. As outras quatro Igarapeba, Barra de Guabiraba, Gatos e Panelas II ficaram pelo meio do caminho. Não veem sinal de obras faz quatro anos.

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