quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Candidata “laranja” do PSL de Pernambuco não sabe o endereço de gráfica que fez material de campanha


             O advogado Ademar Rigueira, que defende Lourdes Paixão, a candidata do PSL a deputada federal nas eleições 2018 investigada pela Polícia Civil por suspeita de ter atuado como "laranja", não soube informar o endereço da gráfica onde o material de campanha teria sido confeccionado. Segundo ele, os R$ 400 mil repassados pelo partido teriam sido utilizados para confecção de adesivos e santinhos para a candidata. 

"A gráfica existe. Não sei precisar o endereço da gráfica, mas é extremamente conhecida e presta serviço ao Ministério Público do estado", afirmou. Lourdes prestou depoimento na sede da Polícia Federal (PF) no Recife, nesta quarta-feira (20), na condição de "registro especial", antes da abertura oficial de uma investigação federal.

"A gráfica também prestou serviço à campanha de vários candidatos aqui de Pernambuco. Essa questão é um grande equívoco", disse o advogado, sem informar o endereço. Rigueira também não diz a quantidade de peças gráficas confeccionadas para a campanha. 

No endereço divulgado na prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi encontrada uma oficina no local onde a empresa deveria funcionar. Entretanto, na época em que o material encomendado por Lourdes supostamente foi impresso, a oficina de funilaria já funcionava no local, conforme informaram os funcionários. A oficina está no edifício ao menos desde março de 2018.

A candidata recebeu R$ 400 mil de verba pública eleitoral doada pelo PSL nacional nas eleições de 2018, mais do que o repassado para a campanha de Jair Bolsonaro à presidência. Ela obteve 274 votos nas eleições de 2018.

De acordo com a prestação de contas no TSE, o repasse foi feito quatro dias antes da eleição e a verba foi utilizada para a confecção de material gráfico da candidata. O material teria sido entregue à PF nesta quarta (20).

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