O
advogado Ademar Rigueira, que defende Lourdes Paixão, a candidata do PSL a
deputada federal nas eleições 2018 investigada pela Polícia Civil por
suspeita de ter atuado como "laranja", não soube informar o endereço
da gráfica onde o material de campanha teria sido confeccionado. Segundo ele,
os R$ 400 mil repassados pelo partido teriam sido utilizados para confecção de
adesivos e santinhos para a candidata.
"A
gráfica existe. Não sei precisar o endereço da gráfica, mas é extremamente
conhecida e presta serviço ao Ministério Público do estado", afirmou.
Lourdes prestou depoimento na sede da Polícia Federal (PF) no Recife, nesta
quarta-feira (20), na condição de "registro especial", antes da
abertura oficial de uma investigação federal.
"A
gráfica também prestou serviço à campanha de vários candidatos aqui de
Pernambuco. Essa questão é um grande equívoco", disse o advogado, sem
informar o endereço. Rigueira também não diz a quantidade de peças gráficas
confeccionadas para a campanha.
No
endereço divulgado na prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE),
foi encontrada uma oficina no local onde a empresa deveria funcionar.
Entretanto, na época em que o material encomendado por Lourdes supostamente foi
impresso, a oficina de funilaria já funcionava no local, conforme informaram os
funcionários. A oficina está no edifício ao menos desde março de 2018.
A
candidata recebeu R$ 400 mil de verba pública eleitoral doada pelo PSL nacional
nas eleições de 2018, mais do que o repassado para a campanha de Jair Bolsonaro
à presidência. Ela obteve 274 votos nas eleições de 2018.
De
acordo com a prestação de contas no TSE, o repasse foi feito quatro dias antes
da eleição e a verba foi utilizada para a confecção de material gráfico da
candidata. O material teria sido entregue à PF nesta quarta (20).
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