sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Palloci diz que Lula recebeu dinheiro em espécie da Odebrecht, defesa diz que é mentira

           O ex-ministro Antonio Palocci, delator da Operação Lava Jato, relatou entregas de dinheiro em espécie, de propina paga pela Odebrecht, ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As informações estão em um termo da primeira delação fechada por Palocci com a Polícia Federal de Curitiba.

Palocci prestou o depoimento em 13 de abril de 2018, na Superintendência da PF na capital paranaense – a delação foi homologada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) em junho do ano passado. Nesta quinta-feira (17), o depoimento foi anexado ao inquérito da PF sobre a Usina de Belo Monte, que tramita em sigilo.

Em nota, a assessoria de imprensa de Lula negou a acusação de recebimento de dinheiro em espécie e afirmou: "A Lava Jato tem quase 200 delatores beneficiados por reduções de pena. Para todos perguntaram do ex-presidente Lula. Nenhum apresentou prova nenhuma contra o ex-presidente ou disse ter entregue dinheiro para ele".

O comunicado cita "falas sem provas de Palocci, que saiu da prisão e foi para casa, com boa parte de seu patrimônio mantido em troca de mentiras sem provas contra o ex-presidente". "Todos os sigilos fiscais de Lula e sua família foram quebrados sem terem sido encontrados valores irregulares."

Já o advogado Cristiano Zanin Martins, responsável pela defesa do ex-presidente, afirmou, também em nota: "Palocci produziu mais uma narrativa mentirosa e mirabolante contra Lula em troca de benefícios negociados clandestinamente com agentes do Estado objetivando produzir resultados políticos contra o ex-presidente".

Zanin diz ser "manifestamente ilegal o vazamento desse depoimento prestado à Polícia Federal, situação que deve merecer pronta iniciativa do Diretor-Geral do órgão e do Ministro da Justiça e Segurança Pública para investigação e punição dos envolvidos".

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