O
ex-ministro Antonio Palocci, delator da Operação Lava Jato, relatou entregas de
dinheiro em espécie, de propina paga pela Odebrecht, ao ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva. As informações estão em um termo da primeira delação
fechada por Palocci com a Polícia Federal de Curitiba.
Palocci
prestou o depoimento em 13 de abril de 2018, na Superintendência da PF na
capital paranaense – a delação foi homologada pelo Tribunal Regional Federal da
4ª Região (TRF4) em junho do ano passado. Nesta quinta-feira (17), o depoimento
foi anexado ao inquérito da PF sobre a Usina de Belo Monte, que tramita em
sigilo.
Em
nota, a assessoria de imprensa de Lula negou a acusação de recebimento de
dinheiro em espécie e afirmou: "A Lava Jato tem quase 200 delatores
beneficiados por reduções de pena. Para todos perguntaram do ex-presidente
Lula. Nenhum apresentou prova nenhuma contra o ex-presidente ou disse ter
entregue dinheiro para ele".
O
comunicado cita "falas sem provas de Palocci, que saiu da prisão e
foi para casa, com boa parte de seu patrimônio mantido em troca de mentiras sem
provas contra o ex-presidente". "Todos os sigilos fiscais de Lula e
sua família foram quebrados sem terem sido encontrados valores irregulares."
Já
o advogado Cristiano Zanin Martins, responsável pela defesa do ex-presidente,
afirmou, também em nota: "Palocci produziu mais uma narrativa mentirosa e
mirabolante contra Lula em troca de benefícios negociados clandestinamente com
agentes do Estado objetivando produzir resultados políticos contra o
ex-presidente".
Zanin
diz ser "manifestamente ilegal o vazamento desse depoimento prestado à
Polícia Federal, situação que deve merecer pronta iniciativa do Diretor-Geral
do órgão e do Ministro da Justiça e Segurança Pública para investigação e
punição dos envolvidos".
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