A
Procuradoria da República em Brasília pediu nesta sexta-feira (11) à Justiça
Federal a condenação do ex-deputado e ex-assessor especial do ex-presidente
Michel Temer Rodrigo Rocha Loures (MDB-PR) no processo da mala com R$ 500
milque ele recebeu do grupo J&F supostamente como pagamento de propina.
Rocha Loures é réu neste processo acusado de corrupção passiva.
Em
2017, o ex-assessor do Planalto foi flagrado pela Polícia Federal (PF), em uma
ação controlada (planejada pela própria PF), saindo de uma pizzaria de São
Paulo carregando o dinheiro em uma mala que ele havia recebido momentos antes
do executivo da J&F Ricardo Saud.
No
pedido de condenação, que marca a fase final do processo, o Ministério Público
afirmou que o dinheiro era “vantagem indevida” ao ex-presidente Michel Temer.
O
ex-presidente nega a acusação. À PF, ele afirmou que “nunca” pediu ou autorizou
Rocha Loures a receber em seu nome recursos de campanha “ou de qualquer outra
origem”.
A
defesa de Rocha Loures pediu à Justiça Federal de Brasília, em abril do ano
passado, que o ex-deputado seja absolvido da acusação de corrupção passiva. No
pedido, os advogados argumentaram que ele não sabia que havia dinheiro na mala.
Devido
ao episódio da mala, Temer foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República
(PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF), em 2017, também por corrupção passiva.
No
entanto, a maioria dos deputados da Câmara rejeitou o prosseguimento da
denúncia, e o caso acabou engavetado até que ele concluísse o mandato
presidencial.
Com
a saída de Temer da Presidência e consequente perda do chamado foro
privilegiado (pelo qual ele respondia a processo somente no STF), a denúncia
contra ele deve ser enviada para a primeira instância da Justiça Federal.
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