Em
uma análise dos primeiros dias da nova gestão, o vice-presidente do
Brasil, Hamilton Mourão, afirma que o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni,
poderia ter tido "mais carinho" em decisão de demitir
a maioria dos funcionários em cargos de confiança da pasta. O afastamento
de cerca de 320 servidores comissionados, anunciado como uma solução para "despetizar"a
máquina pública, tem sido criticado, em caráter reservado, por integrantes da
equipe ministerial e prejudicou o funcionamento de estruturas básicas da pasta,
como a Comissão de Ética da Presidência da República.
"Eu vou dizer que talvez pudesse ter sido feito com mais carinho. Quando você tem 300 pessoas trabalhando num lugar e fala: 'Atenção, todo mundo para fora', vai ter um problema, né? A não ser que eu venha com outras 300", disse. Em entrevista à Folha de S.Paulo, em seu gabinete no Palácio do Planalto, o vice-presidente disse que as exonerações de servidores de governos anteriores deveriam ser analisadas caso a caso e que o critério de afastamento não deveria ser ideológico.
"Eu vou dizer que talvez pudesse ter sido feito com mais carinho. Quando você tem 300 pessoas trabalhando num lugar e fala: 'Atenção, todo mundo para fora', vai ter um problema, né? A não ser que eu venha com outras 300", disse. Em entrevista à Folha de S.Paulo, em seu gabinete no Palácio do Planalto, o vice-presidente disse que as exonerações de servidores de governos anteriores deveriam ser analisadas caso a caso e que o critério de afastamento não deveria ser ideológico.
"Você
tem no serviço público funcionários que são realmente funcionários de Estado. O
cara passou o governo A, B, C, D e fez ali o trabalhinho dele bonitinho. Não
pode pegar esse cara porque estava no governo anterior. O cara é bandido por
causa disso? Eu acho que tem que saber dosar a coisa", disse.
Ele
ressaltou que o funcionário comissionado pode ter uma orientação
ideológica de esquerda e não sabotar as iniciativas do novo governo.
"O cara pode ser ideológico e não me sabotar. Pode não gostar do que eu
penso e trabalhar. Ele faz o papel dele", disse.
Em
uma avaliação dos últimos dias, Mourão considerou que é
"perfeitamente natural" que ocorram ruídos iniciais na equipe
ministerial, mas considerou que tem feito falta um porta-voz que atue como um
"canal de saída" único das informações oficiais.
Na
semana passada, os ministros da Economia e da Casa Civil tiveram um embate nos
bastidores em torno da reforma previdenciária. Após o vazamento do imbróglio,
eles tentaram passar um ar de normalidade, divulgando inclusive fotografias
juntos.
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