O deputado
estadual Júlio Cavalcanti (PTB) foi um dos sete parlamentares que votaram contra
a redação final do projeto de lei que acaba com a Delegacia contra a Corrupção,
a DECASP (Delegacia de Crimes contra a Administração e Serviços Públicos,
comandada pela delegada Patrícia Domingos, que desvendou vários crimes em administrações
comandadas por aliados do governador Paulo Câmara (PSB).
Para
Júlio Cavalcanti, “o governo do Estado contraria a vontade da maioria da
população que quer um combate efetivo a corrupção como vinha sendo feito pela
Decasp e agora se dissipa as investigações num momento em que o Brasil cobra
responsabilidade dos dirigentes políticos”
Ainda
durante a discussão da proposta, a deputada estadual Priscila Krause
classificou como “irresponsáveis” as declarações do governador do Estado, Paulo
Câmara, que chamou de fake news as avaliações de que as mudanças
previstas na iniciativa enfraqueceriam o combate à corrupção. “Como se
fortalece o enfrentamento diminuindo a especialização da investigação?”,
questionou a democrata. “Aqueles que fazem segurança pública no Brasil não
conseguem entender de que maneira isso pode melhorar o combate a esse tipo de
crime.”
Assim
como Priscila, Edilson Silva também tornou a criticar o “pouco tempo”
disponível para que os deputados apreciassem o projeto – que tramitou em regime
de urgência. O psolista disse ainda que deve avaliar a possibilidade de mover
uma ação judicial para tentar retomar a discussão da proposta na Alepe. A
hipótese foi sugerida por setores da sociedade civil interessados no tema, que
acompanharam a votação das galerias do Plenário. “Vamos nos pautar pelo que
achamos correto e ético, como sempre fizemos”, frisou.
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