Embora
nas redes sociais já se dê como certo o fechamento da unidade da Fundação
Altino Ventura em Arcoverde, a entidade em contato com a Folha não confirmou
seu fechamento. A informação é que a mesma vem enfrentando sérias dificuldades de funcionamento
devido a falta de recursos.
De
acordo com informações, a cooperativa responsável pela prestação de serviços
não estaria recebendo recursos da fundação para pagar os profissionais há
meses. O dinheiro deveria vir do Governo do Estado, comandando pelo socialista
Paulo Câmara (PSB), recém reeleito na eleição de 7 de outubro passado. Em outras
unidades, como na FAV em Recife, mais de 1.400 cirurgias tinham sido canceladas por
falta de pagamento aos profissionais no início de outubro, o que levou o governo a pagar, após intervenção do Ministério Público, o mês de agosto dos profissionais.
Ainda
em meados deste ano, a FAV reduziu o atendimento em todas as unidades do estado
devido ao atraso no repasse dos recursos por parte do governo do Estado.
Problema
semelhante surgiu em 2013, quando a mesma unidade ameaçava fechar as portas em
Arcoverde. O centro médico, que é referência no diagnóstico de doenças dos
olhos e cirurgias de catarata, enfrentava também problemas financeiros. Com
despesas superiores a R$ 30 mil por mês, na época, a direção da unidade buscava
uma saída para o custeio e manutenção do serviço.
Surgiu
então a proposta de participação da iniciativa privada e também a formação de
um consórcio entre os 15 municípios beneficiados pela FAV no Agreste e Sertão
do Estado, puxado pela Prefeitura de Arcoverde.
Na
época, o coordenador de Projetos Sociais e Unidades Avançadas da Fundação
Altino Ventura, Gibson Trindade, dizia que o centro de atendimento em Arcoverde
havia sido implantado em 2008 e desde então funcionava em um espaço alugado, o
que representava um gasto extra, apesar da prefeitura entrar com uma parte da
despesa.
Entre
as medidas tomadas, foi feito a doação de um terreno no bairro Por do Sol, próximo ao
Fórum, para a construção da unidade própria da FAV, mas a obra nunca saiu do papel. Hoje,
o maior custo para funcionamento da FAV em Arcoverde continua sendo a folha de
pagamento e o deslocamento da equipe de saúde.
Nenhum comentário:
Postar um comentário