A
Justiça Federal decretou a prisão do presidente nacional do PROS, Eurípedes
Júnior, alvo da Operação Partialis, deflagrada na quinta-feira (18). A
investigação mira suposto esquema de desvio de mais de R$ 2 milhões em
contratos da prefeitura de Marabá, no Pará. Ele continua foragido.
A
Polícia Federal prendeu nesta quinta o ex-prefeito de Marabá João Salame Neto,
dois ex-assessores, a mulher de um deles e três empresários.
Segundo
a PF, após a análise de documentos apreendidos, descobriu-se "um
verdadeiro esquema criminoso dentro do Paço municipal", com ilicitudes que
consistiam na cobrança de valores por parte de servidores municipais em troca
da facilidade no recebimento de pagamentos atrasados.
De
acordo com a investigação, além da apropriação de mais de R$ 2 milhões, também
foi adquirida, com recursos públicos federais, por um dos empresários
investigados e presos durante a operação, uma aeronave de uma empresa com sede
em Altamira, também no Pará. A investigação sobre a aquisição da aeronave
envolve o presidente do PROS.
A
PF narra que, após publicação de que a compra havia sido feita pelo ex-gestor,
por pessoa interposta, a aeronave foi enviada para Goiânia, onde ficou sob
responsabilidade da direção nacional do partido. "Tanto os empresários da
empresa de Altamira como a direção nacional do partido praticaram uma série de
ilicitudes", diz a nota da Polícia Federal.
Os
investigados responderão por associação criminosa, corrupção ativa e passiva,
falsidade ideológica, uso de documento falso e apropriação e ou desvio de
recursos públicos. Ao todo, as penas pelos crimes podem passar de 30 anos de
reclusão.
O
PROS divulgou nota sobre a operação, em que informa que "preza pela lisura
e transparência de sua gestão" e que não tem "qualquer relação"
com a operação nem com a prefeitura de Marabá. A sigla informa ainda que João
Salame, ex-prefeito de Marabá detido ontem, não é filiado à legenda. A
legenda informa também que a menção à sigla "dá-se ao fato de o partido
ter adquirido, dentro da legalidade, seguindo todos os tramites legais, uma
aeronave no estado do Pará". "Tanto é que a aeronave citada foi
comprada, paga e já até vendida pelo partido", o que, de acordo com a
sigla, foi informado à Justiça Eleitoral.
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