O
candidato Jair Bolsonaro (PSL), confirmou neste domingo (21) que, se eleito,
pretende fundir os Ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura. "Até o
momento está garantida esta fusão. O ministro será indicado pelo setor
produtivo, logicamente que a bancada do agronegócio terá seu peso nessa
indicação". Segundo o candidato, a ideia deu certo em países que juntaram
essas duas pastas. "O que não podemos continuar é com dois ministérios
antagônicos."
A
proposta é alvo de críticas de setores de exportação e do próprio agronegócio.
Como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo na semana passada, essa
pressão fez a equipe técnica do candidato do PSL rejeitar uma fusão das pastas
do Meio Ambiente e da Agricultura.
Nas
últimas semanas, o grupo de campanha do PSL recebeu análises de especialistas
em comércio exterior que preveem dificuldades com fornecedores da Europa se um
possível governo confirmar o aniquilamento do Meio Ambiente e sinalizar para um
aumento das taxas de desmatamento na Amazônia.
Um
estudo que estava sendo preparado por auxiliares do presidenciável ressalta que
órgãos como o Ibama e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
(ICMBio) devem estar, num eventual governo, na estrutura de um superministério
de infraestrutura ou se manter como pasta independente integrada ao sistema de
defesa nacional.
Desde
a pré-campanha, os auxiliares de Bolsonaro já trabalhavam com a perspectiva de
que uma fusão era inviável administrativamente. Eles argumentam que área
ambiental atua em temas de infraestrutura e energia, por exemplo, sem conexão
com a Agricultura.
As
críticas generalizadas levaram a equipe a descartar a integração. Mas a palavra
final é de Bolsonaro e no domingo ele voltou a reafirmar sua intenção de fundir
os ministérios. Para isso, contrariando o que vive dizendo que não fará acordos
com políticos, pretende fechar acordos com os partidos no Congresso para poder
aprovar a proposta.
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