O investimento
do candidato a deputado estadual dado pelo governo Paulo Câmara para ser votado
pelo grupo familiar da prefeita de Arcoverde, Madalena Britto (PSB), pode ir
por água a baixo e tornar-se uma verdadeira decepção eleitoral. É que preocupado
em tirar votos do deputado estadual Eduino Brito (PP) e da vereadora e
candidata a deputada estadual Cybele Roa (PR), o governo se dividiu.
Enquanto
a prefeita busca levar os vereadores a apoiar o candidato do palácio do Campo
da Princesas, o deputado estadual Waldemar Borges (PSB), o filho e secretário
de Governo e Articulação, Carlos Fernando Britto, trabalha para a candidatura
do ex-vereador Luciano Pacheco (Pros), lhe garantindo lideranças que vivem à
sobra do poder público municipal e pedindo votos. O objetivo de tal divisão de
poderes e votos seria enfraquecer a votação da vereadora do PR e do deputado do
PP. Quem sai lucrando é o ex-vereador.
Apesar
de estar sendo combatida internamente e até mesmo declaradamente pelo governo,
tendo o filho da prefeita como peça chave, a vereadora ainda perde tempo
dizendo que faz parte da base do governo. Com a divisão dos votos, o governo
pretende deixar seus aliados e ex-aliados com uma votação minguante que não permita
maiores voos em 2020.
Quanto
aos vereadores, ficam como peças de xadrez sendo mexidas ao sabor do momento. A
informação é que vários não estariam tão contentes, pois as bençãos do palácio
ainda não teriam chegado.
No
meio do jogo, outro que pode estar pagando caro e pode levar gato por lebre é o
candidato a federal oficial, o deputado João Fernando Coutinho (Pros). A prefeita
também dividiu o governo com uma parcela, tendo à frente o vice-prefeito
Wellington Araújo, trabalhando para o vice-governador e candidato a deputado
federal Raul Henry. As atitudes em Arcoverde comprovam que a candidatura de Rands
(PROS) seria apenas um apêndice da campanha de Paulo Câmara (PSB).
As
eleições estão chegando ao final com a prefeita confirmando o atestado político
forjado ainda em 2014, quando cruzou os braços e investiu no candidato Eduíno
Brito para tirar votos do deputado estadual Júlio Cavalcanti, bem como do então ex-prefeito e candidato a deputado federal Zeca Cavalcanti. Teve que aguentar a eleição dos dois. Nas eleições
deste ano, é Eduíno, e agora Cybele, que estão sentindo o sabor da infidelidade
do governo Madalena.
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