domingo, 23 de setembro de 2018

Paulo Câmara vaiado por petistas em comício de Haddad


             O que era para ser uma celebração democrática transformou-se neste sábado (22) em mais um exemplo do clima de intolerância que marca estas eleições até mesmo dentro das coligações. O governador de Pernambuco, Paulo Câmara, e a viúva do ex-governador Eduardo Campos, Renata Campos, foram vaiados e chamados de golpístas pela militância que vibrou com a presença do candidato à Presidência da República indicado por Lula, Fernando Haddad, no Recife. Os petistas presentes ao ato público na Praça da República não perdoaram o fato do PSB, mesmo aliado nesta campanha, ter apoiado o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Assim que foi apresentado pelo locutor, o governador enfrentou vaias e encerrou sua fala em apenas dois minutos. Disse que o estado tinha muita honra de apoiar um candidato representando um presidente que “fez muito por Pernambuco”.

A programação sofreu atraso com a chegada de Haddad ao Recife. Ele desembarcou por volta do meio-dia. Depois de uma caminhada da Praça Maciel Pinheiro até chegar ao palanque armado na popular Pracinha do Diario, Haddad concedeu uma entrevista coletiva tumultuada a jornalistas cercado por militantes. O candidato aproveitou o Dia Mundial Sem Carro para reforçar a necessidade de verba federal para questões de mobilidade urbana, tais como faixa de ônibus, melhor qualidade de transporte público, ciclofaixas e diminuição de taxa dos ônibus.

Além disso, Haddad prometeu voltar com as obras de transposição do Rio São Francisco “Vamos revogar o teto de gastos de Temer para investir. Obra parada dá prejuízo. As pessoas imaginam que obra parada é parada, mas não. Obra parada se deteriora e custa o dobro para terminar depois de alguns anos. Tem que concluir a todo custo. Não vamos deixar obras estratégicas paradas, sobre tudo as já iniciadas”.

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