O
que era para ser uma celebração democrática transformou-se neste sábado (22) em
mais um exemplo do clima de intolerância que marca estas eleições até mesmo
dentro das coligações. O governador de Pernambuco, Paulo Câmara, e a viúva do
ex-governador Eduardo Campos, Renata Campos, foram vaiados e chamados de
golpístas pela militância que vibrou com a presença do candidato à Presidência
da República indicado por Lula, Fernando Haddad, no Recife. Os petistas
presentes ao ato público na Praça da República não perdoaram o fato do PSB,
mesmo aliado nesta campanha, ter apoiado o impeachment da presidente Dilma
Rousseff.
Assim
que foi apresentado pelo locutor, o governador enfrentou vaias e encerrou sua
fala em apenas dois minutos. Disse que o estado tinha muita honra de apoiar um
candidato representando um presidente que “fez muito por Pernambuco”.
A
programação sofreu atraso com a chegada de Haddad ao Recife. Ele desembarcou
por volta do meio-dia. Depois de uma caminhada da Praça Maciel Pinheiro até
chegar ao palanque armado na popular Pracinha do Diario, Haddad concedeu uma
entrevista coletiva tumultuada a jornalistas cercado por militantes. O
candidato aproveitou o Dia Mundial Sem Carro para reforçar a necessidade de
verba federal para questões de mobilidade urbana, tais como faixa de ônibus,
melhor qualidade de transporte público, ciclofaixas e diminuição de taxa dos
ônibus.
Além
disso, Haddad prometeu voltar com as obras de transposição do Rio São Francisco
“Vamos revogar o teto de gastos de Temer para investir. Obra parada dá
prejuízo. As pessoas imaginam que obra parada é parada, mas não. Obra parada se
deteriora e custa o dobro para terminar depois de alguns anos. Tem que concluir
a todo custo. Não vamos deixar obras estratégicas paradas, sobre tudo as já
iniciadas”.
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