O
atraso no pagamento a fornecedores e prestadores de serviço tem sido uma marca
do governo Paulo Câmara, denuncia o deputado estadual e líder da bancada de
oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco, Silvio Costa Filho (PRB).
Apenas no primeiro semestre deste ano o Estado já acumula uma dívida de mais de
R$ 1,2 bilhão com seus fornecedores. Desse montante, R$ 478 milhões ainda se
referem a débitos de 2017 e exercícios anteriores, e os R$ 722 milhões
restantes dizem respeito a dívidas já liquidadas este ano, mas ainda não
quitadas.
Desde
que assumiu o governo, a atual gestão vem ampliando, ano a ano, as dívidas
roladas de um exercício para o outro. “Paulo recebeu o governo com 376 mil de
restos a pagar e fechou seu primeiro ano rolando R$ 1,03 bilhão de 2015 para
2016. De 2016 para 2017, foram R$ 1,21 bilhão; e do ano passado para este foram
deixados R$ 1,46 milhões em dívidas”, detalha Silvio.
O
governador Paulo Câmara entra na reta final do seu governo numa situação fiscal
ainda pior. Atualmente, o Estado ocupa a terceira pior colocação do país quando
são considerados em conjunto as despesas com pessoal, endividamento e
investimentos, na frente apenas de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Rio de
Janeiro, estados que tem um histórico de crise fiscal.
Pernambuco
posicionou-se em 18º em gastos com pessoal, utilizando 48,9% da Receita
Corrente Líquida (RCL); 17º em endividamento, com 60,9% da RCL, 16º em
investimentos, utilizando apenas 5,32% da receita. Por isso, Pernambuco ficou
classificado como o Estado com 22ª pior situação fiscal do país, dentre os
entes analisados e o pior do Nordeste. Apenas dois Estados obtiveram posições
médias piores: Rio Grande do Sul (18,50) e Minas Gerais (21,25).
“Enquanto
a retórica do governador Paulo Câmara e do seu partido era de que o PT quebrou
o Brasil e que o governo do Estado fez o seu dever de casa e manteve o
equilíbrio fiscal, os números mostram o contrário, o que tem reflexo direto nos
serviços prestados à população, assim como na baixa taxa de investimento
apresentada nos últimos anos. Em 2017, por exemplo, Pernambuco investiu apenas
5,3% da sua receita corrente líquida, enquanto Ceará investiu 12,3%, o Piauí
10,5% e a Bahia 10,4%. Foi o terceiro pior resultado da Região Nordeste”,
pontuou Silvio
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