segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Câmara lança candidatura à reeleição com menos partidos que 2014

             A outrora grande frente de 21 partidos que ajudou a eleger Paulo Câmara (PSB) governador pela primeira vez em 2014, não se repetirá em sua reeleição, que terá 14 legendas. Ontem a Frente Popular de Pernambuco, encabeçada pelo governador oficializou a chapa majoritária, tendo a deputada federal Luciana Santos (PCdoB) como vice. O deputado federal Jarbas Vasconcelos (MDB) foi confirmado como um dos candidatos ao Senado. A segunda vaga será disputada pelo senador Humberto Costa (PT).

Durante o evento, ocorrido no Clube Internacional do Recife, o governador procurou colocar a “pecha” no grupo do senador Armando Monteiro Neto (PTB) de que o palanque do petebista – que busca conquistar o Palácio do Campo das Princesas – representava o governo do “retrocesso”, liderado pelo presidente Michel Temer (MDB).

Apesar disso, o governador não conseguiu omitir o apoio do PP, PSD e PR que integram o governo Temer e lhe dão sustentação e estão na aliança do socialista.

Além do PSB, fazem parte da Frente Popular o PCdoB, MDB, PT, SD, Solidariedade, PMN, PSD, PR, PP, PT, Patriota, PRP e PTC. Ontem, durante o evento, Paulo Câmara aproveitou a multidão presente para se colocar como o candidato que não medirá esforços em apoiar o ex-presidente Lula (PT), preso em Curitiba, na Operação Lava Jato.

Contrariando seu recente passado, Câmara na época do Impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) liberou seus secretários para votarem pela saída do PT de Lula do comando do País.

O socialista ressaltou, ainda, que seu palanque representava a esquerda e era fundamental nesse momento manter a unidade da Frente Popular. Nessa hora que veste o palanque de “esquerda”, o governador esqueceu novamente as siglas consideradas de direita ou conservadoras, como o PP, PR, PSD, PRP e PTC.

Durante o evento, foi exibido um vídeo com a imagem de Eduardo Campos ressaltando que Paulo Câmara era o candidato mais preparado para governar Pernambuco na última campanha. Isso, Eduardo disse em 2014, antes do povo pernambucano passar pela experiência de ser governador pelo atual gestor do Palácio do Campo das Princesas. Na mesma época, o ex-presidente Lula dizia que Paulo não tinha preparo e nem dimensão para governar Pernambuco.

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