Pernambuco
registrou um aumento de 8,27% na taxa de mortalidade infantil em 2016, de
acordo com o Ministério da Saúde. Segundo o levantamento, esse percentual é
superior à média nacional, que fechou o mesmo ano com alta de 4,8%, o que
equivale a 14 mortes por mil nascidos vivos. O Brasil não registrava um aumento
na taxa desde 1990.
Em
2015, Pernambuco registrou 14,5 óbitos por mil nascidos vivos. No ano seguinte,
essa média subiu para 15,7 óbitos. A Secretaria de Estadual de Saúde (SES)
apresentou números distintos: média de 14,7, em relação a 2015, e 15,8 para o
ano de 2016. No cálculo com os dados do governo estadual, chega-se a 7,48% de
aumento. A pasta informou que fatores como negligência no envio de dados por
parte dos municípios podem causar variações nos números.
Os
dois governos, federal e estadual, creditam a elevação no indicador aos casos
de zika registrados durante o período e citam que diversas famílias optaram
por evitar uma gestação em consequência dos riscos relacionados à doença, como
o nascimento de bebês com microcefalia, quando é identificada uma
diminuição no perímetro craniano.
Segundo
Patrícia Ismael, diretora-geral de Informações e Ações Estratégicas em
Vigilância Epidemiológica da SES, Pernambuco registrou 153.767 nascimentos em
2015 e 138.602 em 2016, uma variação de quase 10% entre um ano e outro.
"Em
contrapartida, tivemos 2.264 óbitos em 2015 e 2.188 no ano seguinte, uma queda
de 3,4%. Ou seja, apesar de registrarmos menos óbitos, a queda na taxa de
fecundidade foi muito superior e o cálculo considera os dois indicadores",
explica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário