terça-feira, 17 de julho de 2018

Taxa de mortalidade infantil em Pernambuco aumenta 8,27% e supera média nacional


           Pernambuco registrou um aumento de 8,27% na taxa de mortalidade infantil em 2016, de acordo com o Ministério da Saúde. Segundo o levantamento, esse percentual é superior à média nacional, que fechou o mesmo ano com alta de 4,8%, o que equivale a 14 mortes por mil nascidos vivos. O Brasil não registrava um aumento na taxa desde 1990.

Em 2015, Pernambuco registrou 14,5 óbitos por mil nascidos vivos. No ano seguinte, essa média subiu para 15,7 óbitos. A Secretaria de Estadual de Saúde (SES) apresentou números distintos: média de 14,7, em relação a 2015, e 15,8 para o ano de 2016. No cálculo com os dados do governo estadual, chega-se a 7,48% de aumento. A pasta informou que fatores como negligência no envio de dados por parte dos municípios podem causar variações nos números.

Os dois governos, federal e estadual, creditam a elevação no indicador aos casos de zika registrados durante o período e citam que diversas famílias optaram por evitar uma gestação em consequência dos riscos relacionados à doença, como o nascimento de bebês com microcefalia, quando é identificada uma diminuição no perímetro craniano.

Segundo Patrícia Ismael, diretora-geral de Informações e Ações Estratégicas em Vigilância Epidemiológica da SES, Pernambuco registrou 153.767 nascimentos em 2015 e 138.602 em 2016, uma variação de quase 10% entre um ano e outro.

"Em contrapartida, tivemos 2.264 óbitos em 2015 e 2.188 no ano seguinte, uma queda de 3,4%. Ou seja, apesar de registrarmos menos óbitos, a queda na taxa de fecundidade foi muito superior e o cálculo considera os dois indicadores", explica.

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