Foto Arcoverde sem Ação |
A situação de abandono da quadra poliesportiva do povoado
do Riacho do Meio, zona rural de Arcoverde, é o retrato do abandono das obras do
governo Madalena Britto (PSB) no município de Arcoverde. No final do ano
passado o Tribunal de Contas do Estado publicou levantamento sobre as obras
paralisadas em todos os municípios pernambucanos e em Arcoverde foram
identificadas obras paralisadas que somam mais de quatorze milhões de reais (R$
14.237.686,43).
A obra da quadra do Riacho do Meio não entrou neste
levantamento, mas a obra já se arrasta desde o ano passado e este ano nada mais
foi feito no local, encontrando-se totalmente abandonada com algumas paredes já
levantadas. Esta semana, moradores fizeram a denúncia do descaso da prefeitura
para com a comunidade e postaram fotos e vídeos nas redes sociais.
Voltando ao relatório do TCE sobre as obras paralisadas
em Arcoverde, do total contratado de R$ 14 milhões, a prefeitura de Arcoverde já
teria quitado, pago na época as empreiteiras, R$ 5.908.895,80 das obras que se
arrastam e não terminam. Na lista estão construção de calçamentos, canal,
escola e praças.
Na listagem ainda tem recursos deixados pelo ex-prefeito
Zeca Cavalcanti (PTB) que somam R$ 3.754.078,24 (três milhões, setecentos e
cinquenta e quatro mil, setenta e oito reais e vinte e quatro centavos). Nesta relação
estão obras de calçamento e construção do canal da Cidade Jardim e apesar de já
ter se passado 06 anos do atual governo a gestão Madalena Britto não conseguiu
executar a totalidade dos recursos e entregar todas as obras. Apenas 49% dos
recursos foram executados até agora.
Além desses recursos, estão na lista das obras
paralisadas do TCE a Escola da Cidade Jardim, calçamento de 22 ruas, a praça da
Cohab II que foi retomada este ano, a 3ª etapa do calçamento do CEDEC,
sanitários rurais e o famoso Parque Linear que se arrasta há mais de dois anos.
Do total contratado de R$ 14 milhões, a prefeita de Arcoverde só conseguiu
executar 41,5%.
Em
dezembro passado, o TCE divulgou um relatório sobre obras
paralisadas/inacabadas em Pernambuco no ano de 2016 com base em dados
fornecidos pelos seus próprios jurisdicionados (Governo do Estado e
Prefeituras). O diagnóstico foi apresentado pelo auditor de controle externo,
Pedro Teixeira e o chefe do Núcleo de Engenharia, Ayrton Guedes Alcoforado. De
acordo com o Tribunal, existiam em Pernambuco no final do ano passado 1.547
obras paralisadas/inacabadas, cujos contratos totalizam R$ 6,2 bilhões, dos quais
cerca de R$ 2 bilhões já foram pagos às empresas que venceram as
licitações.
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