terça-feira, 3 de julho de 2018

Prefeitura diz que injetou R$ 30 milhões no menor São João de todos os tempos e vereadora reclama de perseguição

Foto divulgação PMA/Israel Leão Fotógrafo Oficial
          O balanço dos festejos juninos de Arcoverde, feito pela prefeita Madalena Britto (PSB) na manhã desta terça-feira (03), em seu gabinete na Prefeitura Municipal, foi marcado pelo exagero dos números divulgados pelo governo e pelo excesso de vitimização por parte de uma vereadora.  

Repetindo um bordão de 04 anos, a prefeitura de Arcoverde mais uma vez diz que “estima-se que foram gerados mais de R$ 30 milhões na economia local, com o aquecimento na movimentação da rede hoteleira e extra-hoteleira, nos equipamentos de gastronomia, comércio, na rede de prestação de serviços em geral e em toda a infraestrutura de apoio ao turismo existente na cidade. O que deve ter gerado mais de três mil empregos diretos e indiretos”.

O exagero dos números vai de encontro os próprios fatos, já que se repete o valor de outros festejos juninos quando o evento chegou a ter 12 dias de festa contra 08 deste ano. Isso no mesmo governo. Diminui o São João, mas os R$ 30 milhões permanece. Por outro lado, quem circulou pelo comércio viu que o movimento foi um dos menores dos últimos anos, fato confirmado por diversos lojistas, principalmente nos segmentos de calçados e vestuários.

Apesar dos 60 mil turistas diários (sic), a rede hoteleira de Arcoverde, que nos últimos anos viu ficar inativos dois hotéis (Max Hotel e Hotel Cardeal), comporta cerca de mil hóspedes e o número de casas alugadas se repete, ano a ano, nas matérias ufanistas oficiais (300). Ou seja, o São João regride, descaracteriza-se (com direito a axé, fank e tudo mais no palco central), fica menor, mas, segundo a prefeitura, continua um “sucesso e bate recorde”, provavelmente de alto-elogios.

Para completar, durante o balanço do São João a vereadora Luiza Margarida (MDB), aproveitou o momento para dizer que estava sendo perseguida na Câmara de Vereadores, embora não especificou qual a perseguição que estaria sofrendo por parte da presidente da casa, a vereadora Célia Galindo (PSB), já que ela é a chefe do Poder Legislativo e a única que poderia esta fazendo a tal “perseguição”. Para completar, a vereadora ainda constrangeu a colega de bancada (Cleriane Medeiros - PRTB), dizendo que era a “única” que defendia a prefeita na Casa James Pacheco. Pelo jeito, até o líder do governo, vereador Everaldo Lira (MDB), também foi colocado no rol dos parlamentares que não defenderiam a prefeita.

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