A
Polícia Federal de São Paulo indiciou Laurence Casagrande Lourenço,
ex-secretário de Transportes do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB),
por acusação de desvios estimados em até R$ 600 milhões no Rodoanel. Além
de Casagrande, outras 11 pessoas foram acusadas no âmbito da Operação Pedra no
Caminho, do braço paulista da Lava-Jato.
A
ação foi deflagrada em 21 de junho, quando 14 pessoas foram presas por
participação no esquema. Desde fevereiro do ano passado, o Tribunal de Contas
da União apura indícios de irregularidades como sobrepreço e superfaturamento
no trecho Norte do Rodoanel.
Para
a PF, os investigados cometeram crime de fraude em licitação, associação
criminosa e falsidade ideológica. Agora, os documentos serão analisados pelo Ministério
Público Federal, que poderá oferecer denúncia contra os acusados, caso entenda
que existem provas que comprovem as acusações.
Casagrande
chegou a acumular o cargo de secretário com o de diretor-presidente da Dersa.
Ele foi escolhido na gestão de Alckmin para investigar denúncias de corrupção
na Dersa atribuídas a Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto — ex-diretor da
estatal apontado como operador de propina de tucanos.
O
ex-secretário ingressou na Dersa em 2011, quando a época foi criado um Departamento
de Auditoria na estatal.
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