O
coordenador do programa de governo da candidatura presidencial do PT, Fernando
Haddad, disse que será difícil fechar aliança com o presidenciável Ciro
Gomes (PDT), ao menos no primeiro turno. "Às vezes as declarações do Ciro
de que é muito difícil uma aliança no primeiro turno [dificultam as conversas].
O PDT tem todo direito de lançar candidatura própria, assim como o PT está
fazendo. Nenhum problema, mas às vezes a aliança fica mais difícil",
afirmou neste domingo (29) em evento sobre políticas públicas na área de
ciência, em São Paulo.
Diante
da insegurança jurídica da candidatura de Lula, Haddad reconheceu que a união
da esquerda foi dificultada pela prisão e condenação do ex-presidente. "Se
o Lula fosse candidato, realmente tenho dúvidas se Ciro, Boulos e Manuela teriam
colocado suas candidaturas. Com todo respeito a eles, mas duvido que isso
aconteceria. Todo mundo estaria reunido em torno do Lula", disse Haddad,
cotado como plano B do PT ao Planalto.
O
petista situou Geraldo Alckmin (PSDB) como candidato da situação, que
terá de defender assim, como Henrique Meirelles (MDB), o governo Temer.
Haddad encerrou sua participação com a mensagem "vote 13". A
legislação proíbe pedido explícito de voto antes de 16 de agosto.
O
advogado eleitoral Gustavo Guedes, sem saber quem a proferiu, disse que a
declaração confronta a norma e é agravada pela exposição do número do partido.
Caso venha a ser representado formalmente, Haddad poderá receber
multa de R$ 5.000 a R$ 25 mil. Procurado, o petista disse que não se
manifestaria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário