O
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli decidiu arquivar
inquérito aberto contra o deputado federal Bruno Araújo (PSDB-PE), que era
investigado pelos crimes de corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro. A
decisão foi assinada na sexta-feira (29) e divulgada nesta segunda-feira
(2).
O
inquérito foi aberto em 2017 para apurar citações ao nome do parlamentar nos
depoimentos de delação premiada de ex-diretores da empreiteira Obebrecht. Nos
depoimentos, os delatores afirmaram que repassaram R$ 600 mil para as campanhas
eleitorais de Bruno Araújo em 2010 e 2012.
A
decisão de Toffoli foi motivada por um pedido de arquivamento feito pela defesa
de Bruno Araújo. Para o ministro, até o momento, não há indícios suficientes de
provas para manter o andamento da investigação.
Na
petição que chegou ao Supremo, os advogados alegaram que a investigação não
encontrou "qualquer indício de prática delitiva em desfavor" do
deputado.
"Nenhum
dos colaboradores ouvidos, nem nos seus depoimentos prestados junto à PGR
(Procuradoria-Geral da República) no momento de homologação de seus acordos de
colaboração premiada, nem tampouco na ocasião de renovação de suas oitivas
perante o DPF [Polícia Federal], tampouco as demais testemunhas ouvidas, e o
resultado de outras diligências investigativas complementares, trouxeram
elementos que pudessem justificar a manutenção desse inquérito, o qual deverá
ser prontamente arquivado", sustentou a defesa.
Apesar
do pedido da defesa para arquivar o caso, a PGR queria a prorrogação da
investigação por mais 60 dias. "Além de respeitados os parâmetros
objetivos mínimos para a instauração formal de investigação, há aqui conjunto
suficiente de elementos a justificar a continuidade do inquérito instaurado
para integral apuração da hipótese fática versada", defendeu a
procuradoria.
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