quinta-feira, 5 de julho de 2018

Chefe da Polícia diz que morte de médico foi premeditada


            Mais partes do corpo do médico cardiologista e advogado Denirson Paes da Silva, de 54 anos, foram achadas nesta quinta-feira (5), na casa onde a família vivia em Aldeia, Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife. Os primeiros restos mortais haviam sido achados nessa quarta (4), quando o crime foi revelado. A esposa e o filho mais velho são suspeitos e foram presos preventivamente nesta tarde. "Tudo leva a crer que houve premeditação. Como ela [Jussara, a esposa] silenciou, tudo leva a crer na premeditação. Se sugere uma preparação", afirmou chefe da Polícia Civil de Pernambuco, Joselito Kehrle, durante coletiva de imprensa nesta tarde.


Joselito disse que nem a esposa de Denirson - a farmacêutica baiana Jussara Rodrigues Silva Paes, 54 - nem o filho mais velho do casal - o engenheiro civil Danilo Paes, 23 - deram informação alguma ao prestar depoimento, disseram que só falariam em juízo.

Na coletiva, a polícia apresentou a cronologia do caso. No dia 30 de maio, o médico cancelou a viagem para os Estados Unidos, marcada para o dia 2 de junho. Segundo a polícia, é provável que o crime tenha acontecido entre os dias 30 e 31 de maio, quando Jussara dispensou a empregada da casa, que só retornou no dia 1º de junho. No dia 20 de junho, a esposa da vítima registrou o desaparecimento de Denirson na Delegacia de Camaragibe. 

A perícia constatou que houve muita limpeza na casa da família depois do crime, mas com o uso do luminol, foram identificados vestígios de sangue em três banheiros da residência, localizada no condomínio Torquato Castro, principalmente no banheiro da piscina. Ainda segundo Kehrle, também jogaram na cacimba, onde restos mortais estavam escondidos, cloro líquido e em pastilha pra evitar a proliferação de bactérias. Além disso, as paredes do local foram pintadas, e funcionários contaram à Polícia, em depoimento, que lavaram diversas vezes o banheiro da área da piscina, onde há fortes indícios de ter sido o local do esquartejamento do corpo.

O perito do Departamento de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP) Fernando Benevides contou que, por ter muitas substâncias químicas nos restos mortais, pode ser difícil identificar a causa da morte. Da Folhape

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