quinta-feira, 14 de junho de 2018

Sanharó vai gastar R$ 320 mil com atrações juninas em pleno estado de emergência


            Desde o último dia 25 de maio deste ano, o município de Sanharó vive sob Situação de Emergência devido a paralisação dos caminhoneiros por um prazo de sessenta dia, como revela o Decreto 021/2018, mas, apesar disso, está programando para gastar R$ 320.000,00 (trezentos e vinte mil reais) com atrações para as festividades juninas abertas no último final de semana.

Os gastos contrariam a situação descrita pelo Decreto assinado pelo prefeito Heraldo Almeida (PSB), que tem validade de 60 dias, portanto, até o próximo dia 23 de julho, o que, segundo recomendações que vem sendo feito pelo Ministério Público de Pernambuco em outras cidades do Estado, não permitiria a prefeitura realizar tais gastos com as festividades juninas como vem fazendo.

Segundo dados do Diário Oficial dos Municípios, a prefeitura vai gastar os seguintes valores com as atrações contratadas: Banda Forrozão das Antigas, que se apresentou no dia 09 de junho, tem cachê de R$ 50.000,00. Para o dia 16 de junho, próximo final de semana, estão previstas a banda Forró Vumbora (R$ 30.000,00) e a cantora Márcia Felipe (R$ 130.000,00). Ainda tem no dia 30 de junho os shows de Banda Caninana, que se apresenta por R$ 50.000,00 e Junior Vianna que terá cachê de R$ 60.000,00.

Não bastasse esses gastos em pleno vigor do decreto de situação de emergência, a prefeitura de Sanharó também promoveu licitação para a contração de 03 empresas para montagem de estruturas para eventos (palcos, camarotes, toldos, banheiros químicos, etc) e totaliza gastos previstos da ordem de R$ R$ 792.778,00 (setecentos e noventa e dois mil, setecentos e setenta e oito reais) para serem utilizados ao longo do ano.

Nos últimos dias, o Ministério Público de Pernambuco fez recomendações as prefeituras de Santa Cruz do Capibaribe e Pesqueira que suspendessem as festividades devido a validade dos decretos de emergências nestes municípios.

No caso de Sanharó, o MPPE já teria alertado o prefeito Heraldo Almeida para o problema pedindo a revogação do decreto para poder dar continuidade as festividades, porém, mesmo antes de revogar a prefeitura deu início a festa e até hoje não colocou a placa com a relação das atrações e os valores pagos a cada uma como manda a lei n° 15.818/16 que obriga os gestores municipais a colocarem uma placa, em local visível, com no mínimo, de 03 (três) metros de largura por 02 (dois) metros de altura, durante todo o período de realização do evento, em local visível do evento. 

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