Sem
a presença de Luiz Inácio Lula da Silva, preso há dois meses em Curitiba,
o PT lançou a pré-candidatura do ex-presidente ao Planalto
em Contagem (MG), na noite de sexta-feira (8).
Uma carta escrita
por Lula foi lida ao final do evento pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Em seu manifesto ao povo, ele diz que a essa candidatura é o compromisso de sua
vida e representa a esperança -argumento que deu o tom das lideranças petistas
que discursaram antes.
"É
para acabar com o sofrimento do povo que sou novamente candidato à Presidência
da República", escreveu Lula. Após a leitura, Dilma afirmou estar
emocionada e não discursou.
O
mote da pré-campanha, "o Brasil feliz de novo", foi exibido em
um vídeo de retrospectiva, com a trajetória de Lula desde a infância em
Pernambuco até sua chegada à Presidência. O vídeo continua com a eleição
de Dilma e seu impeachment até chegar em 2018, quando exibe discursos de Lula
como pré-candidato.
"O
povo quer, a lei permite, o Brasil precisa. Lula, o Brasil feliz de
novo", diz o vídeo. Em seguida, o jingle da pré-campanha, divulgado na
quinta (7), segue a mesma linha ao mencionar as crises do governo Michel Temer
(MDB) e defender a liberdade do petista.
Em suas falas, os políticos petistas colaram a esperança de um Brasil sem crise à figura de Lula, afirmando que o país precisa do petista para recuperar o emprego, a credibilidade, a economia e a estabilidade institucional.
Em suas falas, os políticos petistas colaram a esperança de um Brasil sem crise à figura de Lula, afirmando que o país precisa do petista para recuperar o emprego, a credibilidade, a economia e a estabilidade institucional.
"Lula
é o preferido do povo, é a única liderança capaz de conduzir o país à
pacificação social", discursou a presidente do PT, senadora Gleisi
Hoffmann (PR). "O povo não aceita retroceder. Com Lula, se parcelava carro
e casa. Agora se parcela combustível e gás de cozinha", completou.
"O
melhor remédio para o mercado é Lula", discursou o governador da Bahia,
Rui Costa (PT), chamando de "bagunça" o momento atual do país.
"O Brasil precisa se reencontrar, passar seriedade e credibilidade para o
mundo".
Em
sua fala, porém, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT)
afirmou que a defesa de Lula não de deve só pelo fato de "ele ser o maior
político vivo" do país. "Tem que defender o indivíduo, o homem, a
honra de uma pessoa presa injustamente".
"Quem
ainda tiver dúvidas, tire seu cavalinho da chuva. O PT vai ter candidato e é
Lula", afirmou o senador Humberto Costa (PT-CE).
Segundo Gleisi afirmou
em entrevista anterior ao evento, o partido irá registrar a candidatura de Lula
em 15 de agosto, organizará sua campanha, pedindo autorização para entrevistas
e gravações, e manter a candidatura mesmo se o registro for negado pela Justiça.
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