Presente
no evento de lançamento dos pré-candidatos da frente das oposições nesta
segunda-feira (11), o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (PSB) afirmou
que existe uma movimentação de dissidência por parte prefeitos que integram
partidos da Frente Popular. O próprio Miguel rompeu com o governador Paulo
Câmara (PSB) juntamente com seu irmão, o deputado federal Fernando
Filho (DEM), saída comandada pelo senador Fernando Bezerra Coelho (MDB)
para posterior formação do bloco das oposições.
“É
óbvio que quando chegar o momento apropriado, nós vamos tomar a nossa posição.
Mas eu escuto de muitos colegas do PSB que a insatisfação continua. Eu sou
suspeito para falar, mas a gente tem mais de 20, 30, prefeitos querendo começar
um processo de dissidência do PSB”, afirmou Miguel Coelho.
Miguel
Coelho foi o único da família Coelho que permaneceu no PSB, uma vez que não
disputará eleição este ano. Fernando Bezerra se filiou ao MDB, como aval do
presidente nacional, o senador Romero Jucá (MDB), e hoje trava uma batalha
jurídica pelo comando do diretório estadual do partido contra o deputado
federal Jarbas Vasconcelos e o vice-governador Raul Henry (MDB),
aliados de primeira hora do governador. Fernando Filho também chegou a se
filiar ao MDB também, mas diante da insegurança jurídica, acabou se filiado ao
DEM antes do fim da janela partidária.
Miguel
ressaltou que a Frente Popular não se resume só ao partido do
governador e que tais lideranças poderiam vir a apoiar a candidatura de Armando
Monteiro ao governo estadual. “São diversos outros partidos que contam com
outros colegas prefeitos, vice-prefeitos e ex-prefeitos que também tem mostrado
essa insatisfação. A gente vai poder ver candidaturas como aqui hoje é lançado
do senador Armando Monteiro ao governo do estado, a pré-candidatura. A gente
vai ver ele ganhar muito mais corpo e musculatura com esses apoios que vão
começar a chegar”.
O
prefeito de Petrolina disse acreditar que o quadro político ficará
mais claro após a Copa do Mundo. “Até porque não tem candidatura posta, então
não tem como você fazer dissidência sem saber para onde você vai. Mas eu acho
que no momento oportuno a gente vai ver o sentimento de mudança prosperar e
tomar de conta dos pernambucanos”, disse Miguel. (JC)
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