A
vereadora e pré-candidata a governadora pelo PT, Marília Arraes, garantiu em
entrevista ao site do blog da Folha de Pernambuco que lutará até o fim para
viabilizar sua postulação, mesmo com a movimentação de uma ala da sigla para
favorecer uma aliança com o PSB.
Segundo
Marília, o convite para sua candidatura partiu do próprio senador Humberto
Costa, que hoje é visto como um dos que defendem a aliança com o PSB, para
reeleição do governador Paulo Câmara. "Demorei alguns meses para chegar e
dizer: Tá certo, eu vou, eu topo. Porque, de qualquer forma, eu sou jovem,
estou há pouco tempo no partido. E isso não é normal na política, mas como a
gente está aqui para quebrar paradigma mesmo... e a base começou a encampar
essa ideia’", narrou a petista.
Para
ela, a mudança de posição do senador foi "surpresa, até porque Humberto
foi, inicialmente, um dos maiores incentivadores, senão o maior incentivador,
de a gente ter uma candidatura, de colocar meu nome como candidata do PT.
“Inclusive, numa época em que nem eu mesma tinha assimilado essa questão de ser
candidata a governadora tão cedo", colocou.
A
petista também garante que não foi avisada sobre a tendência de abortar a
candidatura própria, como alguns petistas afirmam. “Jamais foi dito que a
tendência seria essa aliança. Inclusive, em conversa com o próprio presidente
Lula, antes da sua prisão, chegamos ao acordo de que caso o PSB nacionalmente
fizesse gestos para tirar o PT do isolamento do plano nacional, para dar o
tempo de TV para que Lula fizesse sua campanha na TV, deveríamos sim conversar.
Mas que jamais a tendência teria sido essa”, disse. “E sempre que conversamos
aqui no estado sobre a possibilidade de aliança foi sobre uma aliança nacional,
que não está para acontecer. Nossa candidatura é uma das que esta em melhor
colocação nas pesquisas”, falou a pré-candidata.
Ainda
sobre a intenção do PSB abortar sua candidatura, Marília afirmou que o objetivo
dos socialistas, e de uma minoria do PT que prega a aliança em Pernambuco, é
retirar seu nome da disputa porque sabe que é uma candidatura com condições de
ganhar, além da questão do apoio de Lula.
“É
uma candidatura para ganhar a eleição nos termos em que estão postos hoje em
dia, e tem a figura do presidente Lula que eles querem colocar no palanque
deles a todo custo, mesmo sem estarem na luta pela defesa do presidente Lula, e
querem também o tempo de TV do PT que é o maior tempo entre todos os partidos”,
disse Marília.
O
PT deve decidir o caminho que irá tomar no dia 10 de junho, quando será
realizada uma reunião da executiva estadual do partido. O encontro será
realizado em duas fases: a primeira debaterá as teses de aliança ao governador
Paulo Câmara (PSB) ou candidatura própria, enquanto a segunda será a realização
da eleição interna entre Marília, deputado estadual Odacy Amorim e o militante
José Oliveira. Contudo, a vereadora é a que possui mais apoios internos e
externos.
Nos bastidores, comenta-se que a disputa entre os 300 delegados estaria equilibrada, o que estaria deixando os grupos ressabiados. A vereadora apresentou, inclusive, um requerimento solicitando cópias de regimentos internos do partido, o que gerou estranhamento em setores da legenda.
Nos bastidores, comenta-se que a disputa entre os 300 delegados estaria equilibrada, o que estaria deixando os grupos ressabiados. A vereadora apresentou, inclusive, um requerimento solicitando cópias de regimentos internos do partido, o que gerou estranhamento em setores da legenda.
Nenhum comentário:
Postar um comentário